Leituras no Mosteiro TRADUÇÃO Longa Jornada Para a Noite, de Eugene O’Neill, tradução Luísa Costa Gomes
Segundo momento do programa dedicado à tradução que as Leituras no Mosteiro vêm promovendo. Às Bruxas de Salém, de Arthur Miller/Fernando Villas-Boas, segue-se a tradução de Luísa Costa Gomes da mais poderosa peça da dramaturgia psicológica moderna, que estreamos no próximo mês de abril, numa encenação de Ricardo Pais. Póstuma e autobiográfica, Longa Jornada Para a Noite (1956) é o ringue de pugilato dos demónios familiares de Eugene O’Neill. O primeiro grande retrato teatral da família disfuncional, uma teia flutuante de recriminação e ressentimento em que pais e filhos se enredam. Não foram poucos os elementos de atrito que Luísa Costa Gomes teve de enfrentar, desde logo o “insolúvel da sua irlandidade” (James, o pai, é um emigrante irlandês de segunda geração) ou a opção pela “coloquialidade” que melhor podia servir personagens e situações. Neste corpo a corpo com a peça de O’Neill, que decisões e intenções prevaleceram? A palavra à tradutora: “Procurei sempre que o texto português nunca fosse opaco, mas se apresentasse como uma demão homogénea de linguagem que não está acima do idioma, nem do calão, e que, sobretudo nas falas da criada Cathleen, sofresse até de uma certa indulgência folclorista.”
Coordenação Nuno M Cardoso, Paula Braga Organização Teatro Nacional São João
Próxima leitura 18 abril 2023 | Tradução selecionada na Open Call 2022-23 da EURODRAM – Rede Europeia de Tradução Teatral
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