“o texto volta: é volátil, é voltaico, é vómito, é voluta, é vogal, é volúpia , é volume, é vontade , é vulva , é vulnerável, é voz, é voraz, é revolta.” – E . M . de Melo e Castro Com o propósito de celebrar a vida , o sinal e a letra do Poeta / Inventor E . M de Melo e Castro e por extensão o legado do CONCRETISMO BRASILEIRO ( Décio Pignatari , Haroldo de Campos , Augusto de Campos , revista NOIGANDRES ) na PO . EX PORTUGUESA , vulgo Poesia Experimental Portuguesa , esta criação explora diferentes paisagens sonoras ao dar primazia às formas pré – verbais da linguagem , com o intuito de transformar e transtornar a lógica discursiva , utilitária e funcional da língua. Privilegia-se a voz ou as vozes enquanto corporeidade, onde o respirar , o ritmo , o agora da presença carnal têm precedência sobre o logos. Texto , voz e ruído fundem-se para produzir um espaço de associação na consciência do espectador. Neste processo a palavra ressurgirá , em toda a sua dimensão e volume , como sonoridade , como corpo , como desconstrução poética.