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A estreia de Marco Franco a solo aconteceu com Mudra, em 2017, do modo mais inesperado que podíamos ter imaginado: depois de uma carreira reconhecida como baterista, onde se afirmou como um ativista importante do jazz e da improvisação nacional, o músico lisboeta trouxe o piano para o centro da sua vida. E para a nossa, também. Composto sob uma redoma sigilosa, Mudra surgiu sem aviso e colocou de imediato o nome do seu autor num patamar de admiração generalizada. Com uma noção de escrita idiossincrática, emotiva, deliciosamente geométrica e complexa, Mudra deixou inevitavelmente a curiosidade para conhecermos a sua herança e percebermos como se iria desenvolver a linguagem pianística de Marco Franco. O que Arcos nos dá a ouvir não é, contudo, o fruto da criação destes anos de espera: o que existia ficou de lado e temporariamente arquivado, e o que ouvimos agora reflete e observa o momento atual que o mundo atravessa, questionando o que se passa e subjugando-se às condições que nos rodeiam. Há um antes e um depois da pandemia e o que sai da escrita e do piano de Arcos é influenciado por uma necessidade de ir ao encontro de música honesta e transparente. Marco Franco dá-nos música nova para tempos novos, e a arte volta a propor uma salvação.
Fonte: https://www.culturgest.pt/pt/programacao/marco-franco-arcos/?
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