Foi em plena pandemia que Bruno Pernadas nos entregou Private Reasons — o disco e a sua estreia no palco da Culturgest. Foi a última edição de originais do músico e compositor lisboeta, que assim encerrava uma longa jornada pop, feita em três discos, em modo trilogia, entre 2014 e 2021. Cinco anos depois, chegamos até unlikely, maybe e a um certo recomeço de algumas ideias continuamente transversais ao universo Pernadas. Primeiro, uma inquietude no mapeamento de géneros, onde se passeia ludicamente entre indie, pop ou jazz, passando pelo dub ou a space music. Depois, a inevitável fusão com que tudo se intersecciona, mostrando uma agilidade na composição que permanentemente nos surpreende e contagia. E ainda, uma arte suprema em dobrar o tempo, criando música que se inspira em mais de cinco décadas de história, recompondo novas memórias e, simultaneamente, criando um futurismo muito próprio. E porque há um novo futuro com novos sons, há também uma banda com novas caras que traz a música de Bruno Pernadas para mais uma noite de estreia e celebração na Culturgest.
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