Conferencista: Professor José Carlos Fernandez (DIrector da Nova Acrópole Portugal) A entrada é gratuita "Todos nós queremos trabalhar com as emoções de modo que elas possam encher de alegria e cor os minutos da nossa vida. E pensamos que é utópico, que quase não é possível. Grandes sistemas religiosos, como o budismo, dedicaram e ainda o fazem, enormes esforços para purificar e canalizar o difícil e instável mundo das emoções. Para que as emoções passageiras se transmutem em sentimentos profundos e duradouros, para que sejam como flores, e não como facas e chicotes que nos magoam. Para que não sejam rastejantes como vermes, mas sim lindas borboletas de asas coloridas. Quando lemos histórias sobre os alquimistas e as suas conversões do chumbo em ouro, a busca do elixir da vida ou da Pedra Filosofal, esquecemos que toda esta operação alquímica, que às vezes realmente se fazia no reino dos metais e da matéria objectiva, também se verificava no interior, no reino das vivências íntimas. Noutras palavras, a linguagem e os ensinamentos alquímicos revelam, em símbolos, o processo de transmutação da alma humana. Aqui, o laboratório é o próprio alquimista, os seus processos internos, que pensa, como olha para os outros, que se move, rasteja ou voa no seu interior. O fogo é aqui a própria consciência, a própria presença de forças espirituais no coração humano. O atanor de onde surgem os metais purificados é ele próprio. Podemos, então, examinar esses ensinamentos para aprender a trabalhar e subtilizar o mundo emocional e mental e, assim, ir libertando pouco-a-pouco a alma prisioneira, fazendo com que entre luz na prisão de carne, sangue e fantasmas em que vive. Podemos transmutar o que é frágil, macio, pesado e escuro, estados mentais, tais como o chumbo; no que é luminoso, versátil, dúctil, valioso, incorruptível, como o ouro, estados de consciência lúcidos e claros, onde tudo irradia amor e confiança, compreensão e sentido intimo. O carvão da nossa vida, que tudo tisna e que nos faz viver no escuro e como mendigos, pode converter-se em diamante, duro e transparente, aberto para a luz da vida, rei da circunstância, feliz na sua fortaleza e plenitude. Não se chama de "coração de diamante" àquele que conquistou a perfeição humana, que celebrou o casamento alquímico com aquilo que é pura eternidade dentro de si?" Jose Carlos Fernández Para mais informações contacta-nos: aveiro@nova-acropole.pt Quem somos? www.novaacropoleaveiro.org