21:30
IV FDL 2015 Concerto: Quintana (República Checa/Itália) 'Ecos do Mediterrâneo'

IV FDL 2015 Concerto: Quintana (República Checa/Itália) "Ecos do Mediterrâneo"

4 Dezembro 2015
21h30
MONSANTO
S. PEDRO DE VIR-A-CORÇA (AO CARROQUEIRO)

MÚSICA
QUINTANA (REPÚBLICA CHECA/ITÁLIA)
ECOS DO MEDITERRÂNEO

ENTRADA LIVRE SUJEITA À LOTAÇÃO DA SALA

+ INFORMAÇÕES Entrada livre sujeita à lotação da sala. Por motivos de segurança a porta será encerrada assim que a lotação estiver preenchida. As portas abrem +-30’ antes do início dos concertos.

Melodias distantes da tradição sefardita, tarantellas remotas do sul da Itália, o sabor antigo de algumas melodias árabes… para um concerto de música transmitida oralmente através dos séculos e ainda capaz de surpreender e encantar .

Sinto que a música deve ser primeiro emocional e só depois intelectual.
Maurice Ravel (Trad. Livre)

Em Ecos do Mediterrâneo o duo Quintana, de Ilaria Fantin e Kateřina Ghannudi, constrói um mosaico feito de pequenas peças diferentes: algumas escritas por compositores importantes, outras vindas da tradição popular, de autor anónimo, ou composições cujo sentido as liga ao mundo da world ou da folk music. Todas estas pequenas peças abraçam as tradições da região do Mediterrâneo e sugerem aos músicos um diálogo com o passado. No início está a melodia, a música ao serviço do texto. Depois vem o crescimento do baixo contínuo. Estes são os principais fundamentos da monodia acompanhada que culminou na época barroca. E este é o período da arpa doppia e do arquialaúde, instrumentos musicais usados em ambos os contextos e lugares sagrados e seculares.
A base da passacaglia em modo menor é composta por um baixo ostinato no qual dois elementos são combinados para intensificar a expressão de tristeza. Harmonias cromáticas descendentes foram utilizadas por muitos compositores italianos como base para a forma lamento. Podemos encontrar a mesma expressão de tristeza e lamento nas canções de amor do sul de Itália e no folclore sefardita. Melodias simples e repetitivas, cantadas por mulheres, evocam viagens e natureza bem como o amor espiritual e sensual que lentamente desaparece com o amante marinheiro… Estas canções sefarditas fazem parte do rico cancioneiro musical que acompanhou a diáspora dos judeus expulsos de Espanha em 1492.
O alaudista Andrea Falconieri nasceu em Nápoles, uma cidade capital na qual nobres, artesãos e servos tinham uma longa história de contacto com línguas e tradições musicais diversas… Domenico Zipoli viveu em Nápoles onde estudou com Alessandro Scarlatti. Morreu jovem, em 1726, como músico missionário jesuíta na Argentina. Podemos ainda encontrar afinidades com Falconieri nas composições musicais de Carlo Milanuzzi. Na sua Non voglio amare é mesmo possível reconhecer variações sobre La Folia – uma antiga dança popular portuguesa que beneficiou de uma permanente interacção com o mundo da música culta. Ciaccona de Maurizio Cazzati ou as danças tradicionais Capona e La Castagnetta estão mais perto da folk musik na qual a dança é muitas vezes a sua extensão mais imediata e significativa. Quintana e os seus Ecos do Mediterrâneo lembram-nos que a música antiga é uma parte integrante da nossa cultura que deve ser preservada mas também vivida.

O duo Quintana foi fundado em 2010 pela alaudista, nascida em Vicenza (Itália), Ilaria Fantin com a harpista Kateřina Ghannudi, nascida em Praga (República Checa). O seu feliz encontro teve lugar em Verona onde ambas completavam com êxito os estudos musicais em arquialaúde e harpa renascentista e barroca no Conservatorio F.E. Dall’Abaco.
Desenvolvem a sua actividade profissional em diferentes ensembles de música antiga em toda a Europa e recentemente juntaram-se ao projecto de Pino de Vittorio que resultou no disco Siciliane, As músicas de uma ilha, lançado em 2013 para a etiqueta Glossa Music. Com este projecto apresentaram-
-se em concerto nos mais prestigiados palcos e Festivais internacionais como o Concertgebouw (Amesterdão), De Bijloke (Gent), FEMAS (Sevilla), NDR Das Alte Werk, Festival Radovljica, Festival all’improvviso, etc.
O interesse comum pela música da Idade Média ao período barroco e pelo folclore e cultura da região do Mediterrâneo é a raiz do seu original repertório que consiste em peças instrumentais e canções que viajaram oralmente durante séculos através das ondas e margens do Mar Mediterrâneo ou em fontes manuscritas.
Quintana apropria-se desse repertório escrevendo os seus próprios arranjos inspirados tanto pela pesquisa musicológica como pela liberdade criativa, instinto e gosto pessoal.
Quintana apresentou-se em vários palcos como BaRoMus Festival (Croácia), Musica Cortese Gorizia (EslovéniaItália), Umbria Jazz, Festival Bíblico, I suoni della devozione Brindisi, Festival Voces Lecco, Tintarella di Luna alla Basílica Palladiana di Vicenza (Itália), Nebilovy-Plzeň Capital Europeia da Cultura de 2015 (República Checa) entre outros.
Num programa chamado “MusicaSottoZero” Quintana “mudou-se” para o norte para reviver as canções que vêm da Irlanda, Escócia e Inglaterra.

Ilaria Fantin:
Arquialaúde
Voz
Daf

Kateřina Ghannudi:
Harpa barroca
Voz

PROGRAMA

• Vento del sud 
• Yo m’enamori de noche 
• En la mar 
• Hija mia
• Arietta grica
• No canto porque…
• Adio querida
• La Procidana
• Passacaglia A. Falconieri (1585-1656)
• Non voglio amare C. Milanuzzi (1590-1647)
• Comu na rosa
• Capona – La castagnetta
• Aria calabrese
• Bella ci dormi
• Toccata D. Zipoli (1688-1726)
• Mama mia
• Ciaccona M. Cazzati (1616-1678)
• Tres de la noche

+ INFORMAÇÕES Entrada livre sujeita à lotação da sala. Por motivos de segurança a porta será encerrada assim que a lotação estiver preenchida. As portas abrem +-30’ antes do início dos concertos.

OUTROS MOMENTOS FORA DO LUGAR 2015
com QUINTANA

Concerto QUINTANA 
Oficina/Mini-concerto “A harpa e o alaúde na Itália do século XVII” QUINTANA
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