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Allegra Krieger ⟡ Marinho

Allegra Krieger ⟡ Marinho

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Algures no verão de 2023, o apartamento de Allegra Krieger, em Chinatown, Nova Iorque, ardeu. Uma canção sobre isso ainda não existe em nenhum dos álbuns, pelo menos no momento de escrita deste texto. Quando estiver a lê-lo, ou a assistir ao concerto de Allegra Krieger, a história poderá ser bem diferente. Singer-songwriter prolífera e com uma existência discreta, Krieger canta – e compõe – como uma Joni Mitchell presa neste presente. E por estar presa nele, sabe o quão importante é existir a relatá-lo, escrever algo que o defina e registe, deixando uma marca para a posteridade. Melhor fazê-lo antes que a próxima coisa aconteça. Allegra sabe que não vale a pena a adiar a inspiração.

Porque o haveria de fazer? As coisas têm corrido bem até agora. Sim, teve um início de carreira algo discreto, mas isso está prestes a mudar. Há sinais disso. “Precious Thing” (2022), terceiro álbum, chamou as atenções para as canções escritas no maior calor das emoções e com um discernimento próprio, sinal de quem lê bem os padrões e transforma o mundano em excelso. Em 2023 editou dois álbuns, “I Keep My Feet On The Fragile Plane” e “Fragile Planes: B-sides”, este último com canções que nasceram durante o período de gravação do álbum principal, embora não necessariamente nas sessões para esse álbum. Por causa do que se disse há pouco, Krieger é prolífera. E nos últimos dois anos – e agora – está num pico criativo, desafiando o presente a acompanhá-la. A comparação com Joni Mitchell existe por sugestões da voz e como transita entre géneros sem que se deixe pensar na folk. Por vezes percebe-se que é mais jazz que folk, ou que nos últimos três minutos ouviu-se um piano e não uma voz e uma guitarra. Não é desatenção do ouvinte, é o talento transformativo da cantora e a facilidade como deixa que as suas canções se transformem: são autojustificativas, com regalos da natureza a preencher um imaginário de uma jovem urbana ligada a uma fúria de viver pós-pandemia. Oiça-se “Low” e navegue-se naquela ideia de descarnar alguém, Allegra torna-o tão pessoal quanto pode ser. Somos uma mosca no quarto, mas nada de estranho aqui, é o que acontece em todas as canções de Allegra Krieger. Ficamos à espera do incêndio, então. AS

(elu)
Sempre transparente, sempre relacionável. A Under The Radar Magazine (EUA) chamou-lhe “a nova melhor exportação musical de Lisboa”. Através do dedilhado na guitarra e da voz emocional, Pip Marinho (nome artístico: Marinho) sublinha as delicadas nuances que existem na vida entre segurar dor e libertá-la. As resoluções catárticas surgem na forma de canções de folk-rock alternativo que juntou em 2019 no seu álbum de estreia ~ (ler til) e outros trabalhos que tem lançado, assim como o segundo longa-duração que prevê lançar em 2025. A sua escrita profundamente pessoal e confessional está seguramente a cimentar a sua crescente reputação.

Fonte: https://zedosbois.org/programa/allegra-krieger/
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