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Alek Rein - — lançamento de 'Golden Montana'

Alek Rein - — lançamento de 'Golden Montana'

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Quem viveu num certo Portugal e, especialmente, numa certa Lisboa na última década e picos, sabe quem é Alexandre Rendeiro, Alek Rein. Esse mesmo “quem” também soube de todas as peripécias por detrás de “Mirror Lane”, álbum adiado, que acabou por sair em 2016 e cumpria o exercício de encontrar uma certa canção, onde o sol se misturava com ideias dos Beatles mais psicadélicas, Marc Bolan não estranhava viver em Lisboa, Syd Barrett curtia bifanas no Trevo e os Byrds tocavam na rua, porque sim. O velho encontrava o novo, mais do que um exercício de revivalismo, esse som encontrava o presente e um lugar naquela Lisboa contemporânea. As inspirações deram lugar ao talento e o talento de Alek Rein floresceu num quentíssimo álbum pop. Ufa, valeu a pena a espera.

Oito anos passaram (outra vez, tanto tempo, onde andas?), vimo-lo várias vezes ao vivo, muitas delas a solo, explorando novas e velhas canções, adaptando-as à mudança, do que se via à sua volta – esta coisa que ainda chamamos Lisboa – e do que ia mudando em si. Oito anos para dar o passo entre “Mirror Lane” e “Golden Montana”, novo álbum, figurão de clássico pop com canções de sol e que servem de postais imaginados sobre outros sítios. No fundo, na impossibilidade de se viver nessa Lisboa de postal – que não existe, nunca existiu -, porque não cantar sobre outros postais, outros locais, no fundo, até, outras emoções. Que, se calhar também não existem e nunca existiram. Bom, existem agora, nestas canções, debaixo de um céu lindíssimo.

Não é alhear, mas imaginar. Em “Golden Montana” está registado um tom confessional herdado de “Mirror Lane”, aventuras que se sentem como presentes por fazerem parte de imaginários, sejam eles sonoros ou visuais, puxando bem isso de Marc Bolan, tal como Ty Segall tem puxado por ele nos últimos anos em alguns dos seus registos. Grande parte das canções arrancam como explosões, miríade de cores que se instalam de imediato e que o músico suporta enquanto for necessário, isto é, até que a canção o diga para parar. Não é que um dome o outro, ou vice-versa, mas há aqui uma elevação, um magnetismo pela evocação. Talvez isso advenha da ideia de postais, de música de um para outro sítio, ou de um imaginário de cancioneiro que Rein pega e explora com propriedade. Seja como for, respire-se este sol, viva-se debaixo deste céu imaginado, nesta ou em qualquer outra cidade. Estão aqui dias e sítios que todos queremos viver. AS

Fonte: https://zedosbois.org/programa/alek-rein/
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