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Vidas Negras Importam

Vidas Negras Importam

A 25 de Maio, os gritos de George Floyd ecoaram por todo o mundo, quando este gritava “I can’t breathe”, ao ser asfixiado por um agente policial, imagens que chocaram todas as pessoas que as viram. Já em 2014, Eric Garner, proferira a mesma frase onze vezes antes de dar o seu último suspiro às mãos da brutalidade policial de NYPD.
Também em Portugal assistimos à violência deste sistema. São inúmeros os casos de violência policial contra corpos negros. Recordemos os jovens residentes do bairro da Cova da Moura e os abusos que sofreram em custódia na esquadra de Alfragide, as agressões policiais no Bairro da Jamaica e a repressão dos jovens protestantes que ousaram subir a Avenida da Liberdade, e este ano, a agressão a Cláudia Simões, cujo único crime foi não ter consigo o passe da sua filha de 12 anos. 

O mito de que Portugal não é um país racista perpetua esta violentação dos corpos negros. O apagamento do nosso passado colonial e as narrativas luso tropicalistas sustentam estes abusos e quem as perpetua tem o sangue de Alcindo Monteiro e de centenas de outras vítimas nas suas mãos. O sistema que rouba as cidades a estas comunidades e que as remete para a segregação geográfica é o mesmo que garante que essas vozes nunca tenham espaço no debate público, nem mesmo para debater o racismo, um tema que tanto lhes é próximo.

Por rejeitarmos um sistema que necessita de oprimir para se perpetuar, saímos à rua dia 6 de Junho com o movimento antirracista, respeitando as normas de saúde pública, mas desmascarando o capitalismo.
Recomendamos que confirme toda a informação junto do promotor oficial deste evento. Por favor contacte-nos se detectar que existe alguma informação incorrecta.
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