sáb 7 março 18h30 Conjugando abordagem histórica e reflexão teórica, Palladini visita, enquanto trabalho afetivo, as formas peculiares de produção (mas também de reprodução e consumo) teatral e performativo desenvolvidas na década de 1960 em Nova Iorque. Estas, criando entre os artistas uma condição de “preliminaridade” para o trabalho profissional e funcionando como força contrária no seio da economia produtiva, funcionariam então como um prelúdio em que o valor não se encontraria ainda atribuído ao labor. Assim, propõe a noção de foreplay [preliminares] como estrutura teórica para a compreensão de um modo particular de produção teatral e performativa que existe fora de estruturas predeterminadas de reconhecimento em termos de profissionalismo, alcance artístico ou lógica de acontecimento. Por último, propõe que este trabalho afetivo seja considerado simultaneamente uma forma paradigmática de trabalho precário e eco de histórias marginais das artes performativas, numa genealogia não linear de resistência queer a ideias de produtividade e profissionalismo capitalistas. Giulia Palladini é Senior Lecturer em Drama, Teatro e Performance na Universidade de Roehampton, Londres. A sua investigação explora a política e a erótica da produção artística, e a história cultural e social. Tem abordado, em particular, as relações entre trabalho e prazer, trabalho e tempo livre, temporalidade e afeto, historiografia e arquivo, debruçando-se tanto sobre a cena contemporânea como sobre a sua História. Conferência Sala Manuela Porto Em inglês Duração 2h Streaming disponível no próprio dia em teatrodobairroalto.pt Giulia Palladini is Senior Lecturer in Drama, Theatre and Performance at the University of Roehampton in London. In her work, she has addressed in particular the relations between labor and pleasure, work and free time, temporality and affect, historiography and the archive, addressing both contemporary performance and performance history. In The Scene of Foreplay, Palladini proposes that such labors of love can be considered both as paradigmatic for contemporary forms of precarious labor and also resonating with echoes from marginal histories of the performing arts, in a nonlinear genealogy of queer resistance to ideas of capitalist productivity and professionalism.