Num ano em que os incêndios florestais consumiram uma área superior a 150 mil hectares – resultado que o comandante operacional nacional da Proteção Civil considerou “muito positivo” e revelador de que “nada falhou” –, o Governo decidiu apresentar um Plano de Reforma da Floresta, que se encontra em fase de discussão pública até 31 de Janeiro de 2017. Ancorado em três áreas de intervenção (titularidade da propriedade; gestão e ordenamento florestal; defesa da floresta nas vertentes de prevenção e de combate aos incêndios), o Plano considera a floresta um "activo de enorme relevância estratégica para o desenvolvimento económico e para a sustentabilidade ambiental". Aproveitando o embalo proporcionado pelo plano e as reflexões avançadas no livro A floresta em Portugal - Um apelo à inquietação cívica (Lisboa: Gradiva, 2016), a Unipop propõe um debate sobre o futuro das florestas, com a participação de Victor Louro e Henrique Pereira dos Santos.
Victor Louro nasceu em Braga em 1945 e é Engenheiro Silvicultor, formado pelo Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa (1971). Fez carreira profissional na Administração Pública (Direcção-Geral das Florestas), tendo liderado o Plano de Acção Nacional de Combate à Desertificação. Foi Secretário de Estado da Estruturação Agrária (1976) e deputado à Assembleia da República de 1976 a 1980. Autor de vários trabalhos de natureza técnica e de artigos de opinião, publicou recentemente o livro A floresta em Portugal - Um apelo à inquietação cívica (Lisboa: Gradiva, 2016).
Henrique Pereira dos Santos é casado e pai de quatro filhos. Trabalhou em áreas protegidas e conservação da natureza mais de trinta anos, incluindo no ordenamento e gestão de áreas protegidas e Rede Natura 2000. Tem estudado a evolução da paisagem rural de Portugal continental no século XX e sua relação com a dinâmica da biodiversidade. Publicou os livros Do tempo e da paisagem (Lisboa: Principia, 2010) e O gosto de Sicó (Lisboa: Sopa de Letras, 2012)
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