Segunda-feira, 29 de Abril, às 18h30
FICÇÃO-contra-FICÇÃO | Jack Kerouac – a escrita da eternidade dourada | conversa com Nuno MarquesDos diversos nomes da geração de autores beat, talvez tenha sido Kerouac o que levou mais longe a coincidência entre a escrita e o jazz, sobretudo se entendermos o jazz como a arte do desenho permanente, em tempo real, de um percurso de encontros e desencontros, de sobreposições e afastamentos. É sabido que a etiqueta beat não era coisa que lhe agradasse, mas não há como não ceder à tentação de lha colarmos decididamente. E se o fazemos num ciclo de conversas em que, pelo contrário, se procura identificar os elementos de ruptura com a fixação de etiquetas, é porque podemos imaginar o beat como uma espécie de etiqueta pelo avesso, uma anti-etiqueta, um gesto em que o confronto com a tradição e as normas literárias se faz pela subversão.
Para esta conversa convidámos Nuno Marques, poeta, tradutor e investigador, que nos facilitará uma digressão pela escrita inclassificável de Jack Kerouac.
