14:00 até às 19:00
As Cinco Energias da Vida Plena e Desperta

As Cinco Energias da Vida Plena e Desperta

As Cinco Energias da Vida Plena e Desperta
(Curso de Formação Integral)

I - Espaço (Ser incriado e nascer)	- Sáb. 19 Nov. 15h00 - 19h00
II – Fogo (Amar)			- 3ªf.  22 Nov. 18h30 – 22h30
III – Água (Saber)			- Sáb. 26 Nov. 15h00 - 19h00
IV – Terra (Ser rico e fecundo 	- 3ªf.  29 Nov. 18h30 – 22h30
V - Ar (Agir)				- Sáb. 03 Dez. 15h00 - 19h00
VI - Espaço (Morrer e reintegrar)	- Sáb. 10 Dez. 15h00 - 19h00

Inspirado na sabedoria de várias tradições planetárias, e em particular nos ensinamentos budistas tibetanos sobre os 5 elementos que tudo constituem, o objectivo deste curso é oferecer a informação e a experiência de base para se iniciar, continuar ou aprofundar um caminho de realização de todo o potencial de uma vida humana plena e desperta. O curso visa oferecer os fundamentos de uma formação integral, baseada no conhecimento e na experiência do que é essencial nas áreas fundamentais da nossa vida, como alternativa a um sistema educativo disfuncional, fragmentário e orientado para fins alheios à plena realização humana, a principal causa da crise mental, social e ambiental e do fracasso do modelo dominante de civilização. Neste sentido, o curso terá uma importante dimensão vivencial, sendo os participantes convidados a questionar os nossos pressupostos mais enraizados e a ir além de uma mera abordagem intelectual, verificando por si mesmos a validade das hipóteses de trabalho mediante a experiência meditativa e contemplativa. Este curso visa constituir o fundamento de uma nova cultura, baseada no inseparável cuidado de si, de todas as formas de vida e da Terra. Os módulos podem ser frequentados individualmente, mas cada um só tem pleno sentido no conjunto de todo o curso.

I - Espaço (Ser incriado e nascer)

1. O espaço primordial, a concepção, a vida intra-uterina e o nascimento. Somos seres humanos ou espaço-consciência-energia vital em forma humana? Fomos concebidos e nascemos num mundo exterior ou damos a cada instante à luz a nós e ao mundo na matriz infinita do espaço primordial e incriado que simultaneamente somos? Existimos como entidades separadas ou somos interdependentes de todos os seres e do universo? O nascer, a nostalgia do espaço intra-uterino e a saudade do / aspiração ao espaço primordial que nunca deixamos de ser. Realidade relativa e absoluta. A vacuidade-aparição de todas as coisas. A vida como sonho e ilusão criadora.

2. Consciencializar e sarar os traumas vindos do passado e recordar e regressar ao espaço-consciência, aqui-agora. Somos aquilo com que nos identificamos ou somos o que há antes de toda a identificação? Exercícios práticos de iniciação à experiência meditativa e contemplativa.

3. Consciencializar todo o precioso e raro potencial de uma vida humana. Como propiciar uma boa concepção, gestação e nascimento. A importância da infância, exterior e interior, e do cultivo das suas qualidades ao longo da vida.   

4. O que é fundamental transmitir às crianças? A meditação em família e na escola. Exercícios práticos (colaboração de Fernando Emídio). 

II – Fogo (Amar)

1. O que é o amor? O nascimento, o corte do cordão umbilical, a vulnerabilidade e a amamentação. Amar e mamar: o seio-fonte e a fome-sede ávida; o dom incondicional de si e a carência; o outro como sujeito e o outro como objecto. A mão que apoia, cuida e acaricia e a mão que agarra e prende. Amor ou apego?

2. Cortámos o cordão umbilical? O medo, a insegurança, a dependência vital e afectiva do recém-nascido e da criança e o problema do seu prolongamento ao longo da vida. As actualizações do seio materno e da chucha. O que queremos verdadeiramente dizer quando dizemos “Amo-te”: “Quero o que for melhor para ti, comigo ou sem mim” ou “Quero que me alimentes, me satisfaças e me faças feliz”?

3. Sofre-se por amor ou sofre-se por não se saber amar e confundir-se amor com apego, seja no amor parental, na amizade ou no amor passional? Os vários níveis da experiência amorosa, dos mais obscuros e condicionados ao mais livres e conscientes. 

4. Comunicação e comunhão. Escutar e falar amorosamente. Colocar-se emocionalmente no lugar dos outros.

5. O amor, o erotismo e a sexualidade. Como orientar a sua energia para o despertar da consciência e para o bem de todos os seres como alternativa à sua instrumentalização para a reprodução, a manipulação do outro e o prazer fugaz. 

6. Como transformar a possessividade e o apego em amor incondicional e universal? Como cultivar relações íntimas simultaneamente abertas ao bem do mundo. Sugestões para uma vida amorosa, erótica e sexual mais plena e desperta. Exercícios meditativos (colaboração de Daniela Velho)

III – Água (Saber)

1. O que são a consciência e a mente? A diferença entre consciência e estados ou experiências mentais e emocionais. A importância de conhecer primeiro que tudo aquilo que nos permite conhecer.

2. O que é pensar? Os dois sentidos da palavra: a) pesar, avaliar, conceptualizar e quantificar; b) cuidar amorosamente. 

3. O que é ver? As formas e o fundo sem fundo ou espaço ilimitado onde se manifestam em interdependência.

4. O que é saber? A diferença entre conhecimento conceptual e sabedoria. Da vontade de objectivar e dominar o mundo para satisfazer interesses humanos ao conhecer a sua natureza e leis profundas e saber viver em harmonia com todas as manifestações da existência e da vida.  

5. Ver o mundo em todas as perspectivas possíveis e colocar-se mentalmente no lugar dos outros em vez de se fechar num só ponto de vista e pretender ter razão. A compreensão, a compaixão e a paciência como alternativa ao dogmatismo, ao fanatismo, à aversão e à ira.

6. Sabedoria e ética: reconhecer e abandonar toda as acções mentais, verbais e físicas que gerem sofrimento e obscurecimentos da consciência e cultivar as suas opostas.

7. A experiência da natureza luminosa da consciência e a atenção plena (mindfulness) não-judicativa e não-conceptual ao corpo, sensações, fenómenos mentais e fenómenos externos. A paz mental e a natureza profunda da consciência: há um pensador por detrás dos pensamentos, um observador por detrás da observação, um experimentador por detrás da experiência?

8. As leis fundamentais do mundo: impermanência, interdependência, causalidade (colaboração de Ângela Santos).

IV – Terra (Ser rico e fecundo)

1. O que é a riqueza? Somos sempre e naturalmente ricos. A conexão com a superabundância e fecundidade da vida. A infinidade do possível, a generosidade e a criatividade.

2. A desconexão com a superabundância da vida e o autocentramento como origem da experiência da insatisfação, da escassez e da carência, da avareza e do consumo ávido. As consequências internas e externas disso, no plano pessoal, social e ambiental. A economia do dom e da partilha.

3. Enraizamento, crescimento e expansão. Autoconfiança, segurança e nutrição. 

4. A importância de tocar, cheirar, saborear. A plena expansão da consciência e dos sentidos.

5. Viver a vida com gratidão e regozijo e como celebração comunitária. Ser generoso e equânime como a Terra. Oferecer tudo o que existe e toda a nossa experiência para o bem de todos os seres. Exercícios meditativos.

6. O exemplo da permacultura como filosofia e prática de vida (João Miguel Louro)

V - Ar (Agir)

1. O que é agir? Acção como libertação e acção como condicionamento. A acção como agitação, a acção como reacção, a acção estratégica, instrumental e utilitária e a acção desinteressada, espontânea e criativa. A acção como meio para um fim e a acção como fim em si mesma, livre dos conceitos de sujeito, acção e objecto. A acção egocêntrica e competitiva e a acção generosa, cooperativa e altruísta. Acção e não-acção.

2. O agir mental, verbal e físico. A importância da intenção. As acções, as omissões e os seus efeitos, sobre o agente, os seres vivos e o mundo.

3. A ética do agir. Saber o que fazer e o que evitar, em função da lei de causalidade e do comum desejo de felicidade e não-sofrimento de todos os seres sencientes.

4. As finalidades disfuncionais e autocontraditórias do agir competitivo e egocentricamente motivado (pelo sucesso, poder, fama, riqueza material, protagonismo, reconhecimento, etc.) e o agir em prol do bem e da libertação de todos os seres. 

5. Acção, criatividade e sabedoria. Exercícios e exemplos práticos (colaboração de Maurício Pereira).

VI - Espaço (Morrer e reintegrar)

1. O que é a morte? O que é morrer? A morte como metamorfose e reintegração e o nascer-morrer a cada instante da vida. 

2. A morte, as crises e as experiências-limite. A morte como dissolução da experiência / visão convencional do mundo. A morte, o adormecer e o sonhar.

3. A morte em vida ao viver uma vida rotineira, funcionalizada, nociva e/ou sem sentido. A morte e a normose da consciência. 

4. A morte física como regresso ao espaço-consciência primordial, anterior à concepção e ao nascimento, no qual toda a vida se processa. A preparação da morte pelo desprendimento libertador de todas as identificações, apegos e aversões. Cultivar em vida o reconhecimento e o repouso no espaço-consciência primordial. Reconhecer a vida e a morte como sonho e ilusão e Despertar. Exercícios meditativos e contemplativos.

5. O acompanhamento na dor, na doença e nos estados terminais. O acompanhamento compreensivo, amoroso e pacificante no momento da morte, adequado às singularidades, características, necessidades e capacidades de cada moribundo. 

6. Informações, sugestões e exercícios práticos (colaboração de Micael Inês).

O curso foi concebido e será orientado por Paulo Borges. Praticante da via do Buda desde 1983 segundo a tradição Nyingma do budismo tibetano, integra a partir de 2012 os ensinamentos de Thich Nhat Hanh e é desde 2015 filiado na escola Linji (Rinzai) do budismo Ch’an / Zen. Professor de meditação e filosofia budista desde 1999, tendo orientado centenas de aulas, cursos, workshops e retiros em todo o país. Professor de Filosofia da Religião, Pensamento Oriental e Filosofia e Meditação na Universidade de Lisboa. Cofundador e ex-presidente da União Budista Portuguesa (2002-2014). Ex- presidente (2005-2013) e membro da Direcção da Associação Agostinho da Silva. Cofundador e presidente do Círculo do Entre-Ser. Autor e organizador de 45 livros, entre os quais "O Budismo e a Natureza da Mente" (2006, com Carlos João Correia e Matthieu Ricard), “O Buda e o Budismo no Ocidente e na Cultura Portugesa” (organizador, com Duarte Braga) (2007), "Descobrir Buda" (2010), “Quem é o Meu Próximo?” (2014) e "O Coração da Vida. Visão, meditação, transformação integral (guia prático de meditação)" (2015). 
Na sua vertente prática o curso terá a colaboração de outros membros do Círculo do Entre-Ser, nomeadamente de Fernando Emídio, Daniela Velho, Ângela Santos, João Louro, Maurício Pereira e Micael Inês. 

Convém trazer papel e caneta. 

Local: Av. Duque de Ávila, 95, 3º andar, Lisboa (a 2 minutos do metro do Saldanha) 

Contribuição: 25 euros por módulo / 100 euros inscrição no curso (todos os módulos)

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Inscrições:
- preenchendo o formulário: https://goo.gl/forms/EikWO0vKV10QanBo2 , 
ou 
- enviando email para inscricoes@circuloentreser.org
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