INTERFERÊNCIAS #3
Fuhrer Duhrer + Jangada de Pedra (Bruno Pedroso)6 dezmbro 2025, 18:00
Entrada 3,5€ [quota mensal de sócio]Apresentamos a terceira sessão do ciclo de concertos INTERFERÊNCIAS, com curadoria de Boris Nunes e João Madeira, uma dupla inédita, que parte de universos distintos para criar um espaço de diálogo entre estéticas, géneros e gerações.
A cada sessão, as escolhas de ambos cruzam-se num mesmo palco, reunindo músicos com percursos consolidados e artistas mais jovens cuja maturidade artística é já evidente.
A par desta diversidade etária, o ciclo percorre um amplo espectro sonoro, apresentando propostas que vão do jazz e free jazz à experimentação eletrónica, performativa e avant-garde.
Com formatos que variam do solo ao quarteto, e incluindo músicos nacionais e internacionais, INTERFERÊNCIAS é uma tentativa de mapear o som contemporâneo a partir das suas margens criando pontos de encontro entre públicos, linguagens e sensibilidades.Nesta terceira sessão do ciclo haverá atuações de FUHRER DUHRER, solo visceral e arremesso sonoro da artista Sara de Oliveira, e também JANGADA DE PEDRA de BRUNO PEDROSO, um quarteto de jazzistas que revisita temas de compositores relacionados com a península ibérica.
Sobre os artistas:
FUHRER DUHRER | Apresenta-se com uma premissa de turbulência para poliglotas, desde 2013. É o heterónimo "de arremesso sonoro utilizado para nos provocar hematomas no córtex cerebral" provindo das mãos de Sara de Oliveira [a.k.a Mus Rattus/Marquesa do Sabre], nas palavras de Carlos Matos (Fade In/Ciclo de Música Exploratória). O projecto encerra a versatilidade da estridência e o contratempo esdrúxulo da fita como influência, recorrendo a um manancial de field recording, foley art e manipulação de cassetes com pedais de efeitos, e cada performance é tomada por um embalo que recusa o adaptável; não existe concordância com ouvidos predispostos nem com os tímpanos mais sensíveis. Promete-se, assim, uma atmosfera densa, que gravita entre o harsh noise, o experimental drástico e o power electronics. Em registo multidisciplinar, a artista fetishista opera ainda sob outros desígnios nos campos da colagem analógica, "xerox worship", poesia, escrita e na edição independente.
JANGADA DE PEDRA | Jangada de Pedra são Bruno Pedroso (bateria), André Rosinha (contrabaixo), Desidério Lázaro (saxofone) e Duarte Ventura (vibrafone),Obviamente inspirada na de Saramago, o intuito desta Jangada é manterà tona temas de compositores que têm, ou tiveram, alguma relação com a penínsulaibérica. Ao longo de mais de 35 anos, Pedroso foi desfrutando da enorme sorte de poder tocar as peças deste repertório com os seus compositores. Naturalmente,com o passar do tempo, estas obras foram sendo deixadas para trás, dando lugar a novos repertórios. Por serem canções pelas quais se apaixonou, e lamentando profundamente o facto de já não as poder tocar (apesar de, em alguns casos, continuar a fazer parte das bandas dos respectivos compositores), Bruno Pedroso decidiu concretizar este projecto, podendo assim revisitar o que quiser, quando quiser, e desta forma partilhar peças musicais que espera que tenham junto do público um impacto tão intensamente positivo como ainda hoje têm em si próprio.
APOIO | A Zaratan é uma estrutura apoiada pela República Portuguesa – Cultura, Juventude e Desporto / Direção-Geral das Artes
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INTERFERÊNCIAS #3
Fuhrer Duhrer + Jangada de Pedra (Bruno Pedroso)December 6, 2025, 6:00 PM
Admission €3.5 [monthly membership fee]We present the third session of the INTERFERÊNCIAS concert series, curated by Boris Nunes and João Madeira, an unprecedented duo that starts from distinct universes to create a space for dialogue between aesthetics, genres, and generations.
In each session, their choices intersect on the same stage, bringing together musicians with consolidated careers and younger artists whose artistic maturity is already evident.
Alongside this age diversity, the cycle spans a broad sound spectrum, presenting proposals ranging from jazz and free jazz to electronic, performative, and avant-garde experimentation.
Featuring formats that vary from solo to quartet, and including national and international musicians, INTERFERENCES is an attempt to map contemporary sound from its fringes, creating meeting points between audiences, languages, and sensibilities.In this third session of the cycle, there will be performances by FUHRER DUHRER, a visceral solo and sound-hurling act by artist Sara de Oliveira, and also JANGADA DE PEDRA by BRUNO PEDROSO, a quartet of jazz musicians who revisit themes by composers related to the Iberian Peninsula.
About the Artists:
FUHRER DUHRER | Presents itself with a premise of turbulence for polyglots since 2013. It is the "sound-hurling heteronym used to inflict hematomas on our cerebral cortex," deriving from the hands of Sara de Oliveira [a.k.a Mus Rattus/Marquesa do Sabre], in the words of Carlos Matos (Fade In/Ciclo de Música Exploratória). The project encapsulates the versatility of stridency and the odd counterpoint of the tape as an influence, resorting to a reservoir of field recording, foley art, and cassette manipulation with effects pedals. Each performance is taken by a momentum that refuses adaptability; there is no concordance with predisposed ears or the most sensitive eardrums. It thus promises a dense atmosphere that gravitates between harsh noise, drastic experimental, and power electronics. In a multidisciplinary register, the fetishist artist also operates under other designations in the fields of analogue collage, "xerox worship," poetry, writing, and independent publishing.
JANGADA DE PEDRA | Jangada de Pedra features Bruno Pedroso (drums), André Rosinha (double bass), Desidério Lázaro (saxophone), and Duarte Ventura (vibraphone).
Obviously inspired by Saramago's novel, the intention of this Jangada is to keep afloat themes by composers who have, or have had, some relationship with the Iberian Peninsula. Over more than 35 years, Pedroso has enjoyed the immense fortune of being able to play the pieces from this repertoire with their composers. Naturally, as time passed, these works were left behind, making way for new repertoires. Because these are songs he fell in love with, and deeply regretting the fact that he can no longer play them (despite, in some cases, still being part of the respective composers' bands), Bruno Pedroso decided to realize this project, thus being able to revisit whatever he wants, whenever he wants, and in this way share musical pieces that he hopes will have an impact on the audience as intensely positive as they still have on him today.SUPPORT | Zaratan is a structure supported by República Portuguesa – Cultura, Juventude e Desporto / Direção-Geral das Artes