LAVA acentuada ebulição subjacente, invisível :: Residência Aberta

LAVA acentuada ebulição subjacente, invisível :: Residência Aberta 
Apresentação do projecto em formato oficina 
por Sara Marasso em cocriação com Iro Xyda e Stefano Risso  em parceira com Largo Residências 
28 Novembro (Sex.), 18h30 às 20h30, Sala de Ensaios 
Largo Residências - Jardins do Bombarda 
Rua Gomes Freire 161, Lisboa
M/16 
Participação gratuita com inscrição limitada online 
https://forms.gle/5RFbKXmdtTVLcto5A 
As Residência Abertas são um momento de partilha dos processos de criação dos(as) artistas que estão em residência no LARGO. Um espaço que interpela o trabalho de cada um(a) com os primeiros olhares do público. Um encontro antes do fim, para que durante cada criação novas questões e experiências proporcionem mais caminhos em cada pesquisa.
“Ser simples e compacta como uma pedra. A pedra lávica como musa. O seu silêncio como um convite à escuta. A sua forma como um aviso: há movimento escondido no lugar mais sólido e estável. Observando esta matéria subterrânea, como um acto de atenção intensificada, suspender a pressa e o impulso de agir, porque algo diferente pode emergir no movimento, também sob a forma de uma ruptura improvisada. Podendo ser pedras, conter-nos mutuamente, encontrar margens com algo fora de nós, possibilitando experiências de receber, reter, canalizar e deixar fluir.” 
Convidamos-vos a entrar no processo criativo Lava, através de uma exploração de movimento e de um breve excerto do trabalho coreográfico e sonoro. 
SOBRE 
O projecto explora e desenvolve uma corpografia, ou escrita espacial-sonora, para seres humanos dançantes e objectos. Como uma viagem em baixo da crosta, - aquela do planeta Terra e aquela do corpo humano-, a performance articula, em forma de movimento, a estratificação e acumulação inevitável dos pensamentos, das matérias física e psíquica, dos estratos que nos tornam semelhantes às rochas. Descobrindo, na unicidade e complexidade de cada camada, presente e distinta em cada um de nós, uma mesma natureza vulcânica, uma mesma temporalidade geológica que nos constitui e irmana: nós, os humanos, os vulcões e outros viventes. Prestar atenção às relações subjacentes e invisíveis entres as coisas, e assim ver o que nos interliga, representa uma postura poético-política que interage com o dia a dia em que estamos a viver. Questionando o acto criativo qual processo de escolha e tentativa de dar forma, criando insuspeitos laços. Focando em particular a nossa pesquisa, teórica e coreográfica, na acção de reter. Reter o movimento que iria, por si só, por inércia. Reter como um acto de atenção mais aguda, como prática de treinamento artístico e cotidiano. Treinamento para a diluição, para o abrandamento. Suspender a primeira escolha, dar tempo porque algo possa aparecer, sem pressa, a nossa atenção.
 
Ficha técnica e artística 
Direção artística, coreografia e dança: Sara Marasso 
Co-criação com: Stefano Risso (composição sonora e música ao vivo) e 
Iro Xyda (dança)  
Apoio: Produções Real Pelágio / Teatro da Voz, Pólo Cultural Gaivotas, Câmara Municipal Lisboa, Rede More 
Apoio à residência artística: Largo Residências
https://www.instagram.com/ilcantiere.performingarts/ 
https://www.instagram.com/sara.marasso/ 
O Jardins do Bombarda é um centro cultural e comunitário promovido pelo LARGO Residências, em parceria com a Estamo e um conjunto de organizações sócio-culturais residentes. Esta actividade é financiada pela República Portuguesa - Cultura / Direção Geral das Artes e pela Câmara Municipal de Lisboa (RAAML / Acção Cultural).