SKIES LEAVING FACTORIES
Uma Performance ao Vivo de Sheenagh Geoghegan
7 de novembro, às 17:30
Entrada livre
No âmbito do Lisbon Art Weekend, a Zaratan apresenta Skies Leaving Factories, uma nova performance ao vivo de Sheenagh Geoghegan. Nesta obra, a artista vira-se de costas para o público para cantar diretamente para a sua própria obra de arte, transformando o desenho num parceiro vivo num ato de atenção partilhada. Ao redirecionar o olhar, la performance reconfigura a relação entre a artista, a obra de arte e o público — criando um espaço que é partilhado em vez de mostrado. A voz move-se entre registos — subindo, quebrando, sustentando — carregando os vestígios físicos da respiração, hesitação e intensidade. Isto convida o público a libertar-se da pressão de olhar e, em vez disso, a sentir a canção como uma ressonância através do espaço e dos seus próprios corpos.
Enraizada na longa linhagem da canção como resiliência e resistência, a performance explora como o canto pode conter anseio, desafio e cuidado, procurando a ligação quando a linguagem falha. Desenrola-se como uma espécie de canção de embalar para um mundo em crise — e é também uma resposta direta à violência avassaladora e ao genocídio enfrentados pelo povo Palestiniano, e a todas as comunidades que vivem sob ocupação e terror.
A artista afirma: “Canto para cantar. Para afastar a dor, para encontrar alívio. É um espaço entre a imaginação e a resistência — uma forma de questionar, de partilhar e de protestar. Fazer e testemunhar performances ao vivo é a minha forma de pertencer ao nosso tempo. Espero que seja sentida como uma obra de sentimento partilhado, solidariedade e amor. O título da obra "Factory of Skies" [Fábrica de Céus] vem de um verso que escrevi sobre a Irlanda, a minha terra natal, um lugar onde os céus são tão dramáticos e tão mutáveis, e também funciona como uma metáfora adequada para a passagem do tempo, para a mudança, para a possibilidade de transformação, para a poética e materialidade da linguagem.”
A obra de arte para a qual a artista canta — um estranho díptico, parte desenho, parte escrita, parte assemblage — explora o espaço frágil entre a linguagem sentida e a linguagem falada. Como enunciados considerados sintaticamente ou gramaticalmente incorretos podem ser sentidos como inteiramente precisos em relação às formas como os nossos corpos experienciam o luto e o trauma.
Esta é uma oferenda da canção como ternura e desafio, um pequeno ato de esperança que persiste mesmo quando as palavras falham.
BIOGRAFIA: A artista irlandesa Sheenagh Geoghegan concluiu o seu Mestrado em Belas Artes (MFA) na The Slade School of Art, em Londres, em 2013. Na sua exposição de final de curso, foi-lhe atribuída a Bolsa Stanford, o Prémio Orpen e o Prémio Charles Heath Hayward. Recebeu também inúmeros financiamentos do The Arts Council e da Culture Ireland. Expôs amplamente na Europa e na América, incluindo na Cornell University, Nova Iorque (2019), na Alma Zevi em Veneza e na Leila Heller Gallery, Nova Iorque. Participou no Simpósio de Cor e Poesia na The Slade, University College London, em 2025, 2024 e 2023. A sua obra faz parte de muitas coleções públicas e privadas, incluindo o Trinity College Dublin, a Limerick City Gallery e a The Environmental Protection Agency. Exposições individuais recentes incluem o Atelier Concorde em Lisboa (2023), a Camera Cluj, em Cluj, Roménia (2024), e a Limerick City Gallery of Art (2025). Em 2026, participará na prestigiada residência do Tyrone Guthrie Centre, na Irlanda.
LINK: https://www.sheenaghbgeoghegan.com/
APOIO | A Zaratan-Arte Contemporânea é uma entidade apoiada pela República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes. O evento integra a programação do Lisbon Art Weekend: https://www.lisbonartweekend.com/
Fonte: https://zaratan.pt/pt/event/753
