A Solar – Galeria de Arte Cinemática apresenta obras criadas nos Laboratórios de Verão 2024 Desde a sua criação em 2015, o programa Laboratórios de Verão potencia a criação artística local, apoiando centenas de artistas na disseminação dos seus projetos. Este ano, a iniciativa proporcionou o surgimento de quatro novas obras audiovisuais e instalativas, apresentadas agora na última iteração de "Pós-Laboratórios de Verão" no Auditório Municipal de Vila do Conde até ao dia 22 de fevereiro. · · · · · "Pós-Laboratórios de Verão" surge no contexto da 10.ª edição do Programa de Apoio à Criação Artística Laboratórios de Verão, numa parceria entre o gnration (Braga), o CIAJG — Centro Internacional das Artes José de Guimarães (Guimarães) e a Solar — Galeria de Arte Cinemática (Vila do Conde). Este ano, após um concurso aberto a artistas e coletivos naturais ou residentes no Distrito de Braga e Concelho de Vila do Conde, foram escolhidas quatro propostas de distintas naturezas e horizontes estéticos para materializarem os seus projetos durante períodos de residência nas instituições participantes, realizados neste verão. A terceira e última apresentação de "Pós-Laboratórios de Verão" acontece neste momento no Auditório Municipal de Vila do Conde, depois passar pelo gnration e pelo CIAJG em 2024. Nela, reencontramos a proposta audiovisual "Crónicas visuais de onde não estive", de Sally Santiago, a instalação "Consonâncias Efémeras", de Sofia Morim e Filipe Carvalho e a obra de cinema expandido "Ouroboros", de Francisca Miranda e Inês Leal, assim como podemos rever, na noite inaugural, a performance multimédia "+/-", dos músicos João Carlos Pinto, João Miguel Braga Simões e José Diogo Martins. No seu conjunto, mesmo pautando-se pela heterogeneidade de posturas, matérias e interesses, estes projetos unem-se na capacidade de contrariar a rigidez e expectativas habitualmente atribuídas a certas disciplinas artísticas ou estruturas mediáticas, mas também a determinados territórios simbólicos, construindo zonas de relação sensível, suscetíveis à receção e interação com o corpo e subjetividade de cada visitante. Desta forma, cada um dos trabalhos abre-se como um espaço para a ativação livre de emoções, onde associações ou tensões espontâneas com outras imagens, gestos e ideias possam igualmente concretizar-se, cabendo a cada um de nós a definição de um caminho individual e distinto, fruto do envolvimento com cada proposta artística. Uma experiência entre o reconhecimento e a alteridade, mas também entre exercícios de imaginação e sensações de espanto. Legenda de Imagem: "Crónicas visuais de onde não estive", de Sally Santiago Texto: David Revés (Curador) · · · · Mais informações em: https://solar.curtas.pt/