16:00 até às 17:30
Medo do futuro? Que mundos distópicos anuncia a literatura portuguesa?

Medo do futuro? Que mundos distópicos anuncia a literatura portuguesa?

Entrados no século XXI, parece evidente que o momento é de superavit de discursos distópicos e de deficit de utopias. Cinema e literatura, entre outras práticas culturais, alimentam a crescente distopofilia cultural e os medos acerca do presente são o ponto de partida para imaginar os piores mundos possíveis no futuro. Temores partilhados por grande parte da Humanidade são matéria para a imaginação distópica da literatura mundial: a degradação das democracias e o regresso de sistemas ditatoriais, as mudanças climáticas e as suas consequências, o desenvolvimento descontrolado da tecnologia, as pandemias, as migrações...

A partir de este contexto, serão possíveis questões como quais são os medos que explora a literatura distópica portuguesa desde finais do século XX e que visão do próprio país é construída pelo discurso literário. A literatura pode ser assim considerada um discurso cultural que, entre outros, contribui a concretizar imagens mentais que uma sociedade projeta sobre o seu presente e as suas hipóteses de um futuro desejável ou temível.

María Jesús Fernández

María Jesús Fernández García é professora do Departamento de Lenguas Modernas y Literaturas Comparadas na Universidade de Extremadura (Espanha), onde lecciona desde 1996 aulas de língua e literatura portuguesas. Como investigadora, as suas linhas de interesse abrangem as relações literárias luso-espanholas, em aspectos como as imagens nacionais ibéricas difundidas a partir do discurso literário, e temáticas da literatura contemporânea portuguesa como a migração ou o futuro distópico. Em 2012 coordenou a publicação de uma Historia de la Literatura Portuguesa que pretendia aproximar a literatura lusa ao público espanhol. Traduziu vários romances das escritoras portuguesas Lídia Jorge e Teolinda Gersão.

Conferências Eutopos

A busca por um bom lugar, ou por um eutopos, serviu de motivação à Brotéria para toda a sua atividade ao longo do último ano. Acreditamos que essa inquietação não está esgotada. Pelo contrário, há ainda muito bem escondido para mostrar, muitas vidas desconhecidas para revelar, muitos projetos transformadores para partilhar. Vivemos num mundo acidentado, onde o progresso é lento, mas onde o bem se constrói e onde a esperança se torna visivelmente concreta.

Este trimestre apresentamos três conferências sobre três topoi nos quais o bem e o que é bom se podem revelar: aquilo que as literaturas distópicas podem mostrar sobre a construção de um futuro bom; uma estratégia de combate à pobreza e de promoção da literacia financeira com base no exemplo de Moçambique; e a possibilidade de encontrar Deus em todas as coisas partindo da experiência de um astrónomo jesuíta.

Com o apoio de

Local: Brotéria

Duração: 1h30

Gratuito

Fonte: https://www.broteria.org/pt/programa?eutopos-medo-do-futuro-distopico
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