22:30 até às 23:45
CHARANGA

CHARANGA

PRIMEIRO ANIVERSÁRIO do ATRÁS DE SERRA Café

A Charanga é música e performance, portuguesa e internacional, moderna e antiga, revolucionária e tradicional, rural e cosmopolita, analógica e digital, festiva e introspectiva, orgânica e maquinal.

A Charanga é um projecto de música electrónica fortemente ligado às raízes da cultura popular portuguesa, mais concretamente à “folk” nacional, que despertou tanto interesse em notáveis músicos, historiadores e investigadores, como Michel Giacometti, José Alberto Sardinha, Fernando Lopes Graça, Jorge Freitas Branco, entre outros.

Na Charanga, somos nós próprios, ao mesmo tempo que somos aquilo que nos moldou até ao que representamos. Prestamos homenagem às nossas origens, convidando a música tradicional para que nos ajude a criar a nossa própria obra.

Abraçamos a essência da cultura popular, nos seus hábitos instintivos, na sua abordagem directa à criação e execução musical, fazendo uso, como no passado, das ferramentas disponíveis. Na era digital e cultura actual, usamos computadores, beatboxs, sintetizadores, ferramentas virtuais e influências musicais globalizadas, mas também o Bombo, a Gaita-de-Fole, o violino, a D. Ermelinda que canta a moda da terra, os Adufes e as construções melódicas, harmónicas e rítmicas do Cancioneiro.

E, como não podia deixar de ser, a Charanga é e faz tudo isto segundo as lições do povo, que rima para recordar e representa para comunicar, materializando as suas actuações em espectáculos multidisciplinares que combinam a música com a performance e a ilustração visual videográfica.

Biografia

A Charanga é o Francisco Gedeão, o Alberto Baltazar e o Quim Ezequiel. Conheceram-se no 14º Festival de Grupos Folclóricos de Freixo-de-Espada-à-Cinta. Alberto tinha conseguido uma extraordinária máquina moderna de fazer música e viu em Francisco um companheiro com quem partilhar o segredo. Quando experimentavam o objecto avançado, Quim passava pelas redondezas, com sua Gaita-de-Fole, e, incontrolavelmente atraído pelos sons da máquina, deu consigo numa cave escura, longe de olhares críticos, com dois estranhos hipnotizados pelo processo criativo. Desde então tocam juntos, evangelizando o povo com a sua mensagem trans-temporal.

Francisco Gedeão vem do litoral norte do país, da freguesia de Aradas, onde cresceu e aprendeu a dança folclórica na Casa do Povo de Aradas, único espaço cultural da localidade. Contudo, o apreço pela arte da dança não era suficiente para esconder a sua verdadeira paixão pela música, mas o grupo folclórico de Aradas nunca o deixou tocar nada, a não ser ferrinhos, e Francisco seguiu a sua carreira num pranto de frustração até ao dia em que encontrou os dois amigos com quem veio a fundar a Charanga. Francisco ainda não descobriu o seu instrumento, mas pelo menos os amigos deixam-lhe tocar o que ele quiser, desde que não faça muito barulho.
Alberto Baltazar é da beira interior. Não sabe uma palavra de mirandês, a não ser as que são idênticas ao português, mas é dotado nas artes do contrabando. Durante anos, acompanhava o Grupo de Cantares de Almeida, tocando violino. Um dia, foi com seu pai à cidade grande para que este pudesse comprar uma ceifeira mecânica, mas Alberto, à revelia de seu pai, trocou vários volumes de tabaco espanhol, charutos cubanos e caixas de torrão de Alicante, por uma máquina extraordinária de fazer música que encontrou numa outra loja. A sua vida mudou para sempre, sobretudo quando conheceu Francisco e Quim e se juntou à Charanga.

Quim Ezequiel é do nordeste transmontano, filho de um gaiteiro muito conhecido em Trás-os-Montes. Tocando caixa e bombo, acompanhava seu pai em romarias pela região, percorrendo procissões e festas pagãs. Assim, durante anos, aprendeu a arte da gaita. Era feliz e seu pai generoso, agarrando no bombo muitas vezes para que Quim mostrasse o seu talento no aperto do saco de ar. Um dia, numa dessas muitas romarias, um careto enraivecido levou-lhe o progenitor e deixou-o órfão. Desde então que vagueia pelo mundo, de gaita arrumada debaixo do braço à espera de “...encontrar a máscara que matou meu pai e vingar-me com uma bordoada...”.
Currículos

Francisco Gedeão é Rui Aires que vive no limbo entre Madrid e Lisboa, é músico, compositor e técnico de som freelance para media, vídeo e cinema independente. Responsável pelo projecto “Goobio Memory Recordings” e membro da “Essay Collective”. Co-produtor (responsável técnico) do evento itinerante “El Globo de Juan”, evento que reúne artistas ibéricos das mais variadas áreas. É o fundador da Charanga, e para ela compõe temas originais ou rearranja temas do cancioneiro popular português, canta, toca percussões, sintetizadores e programa o computador de ritmos. www.goobiomusic.net
Alberto Baltazar é André Neto, que vive no Meimão, uma aldeia entalada entre as beiras interiores é músico compositor e engenheiro de som freelance para media, new media, vídeo e cinema independente, bem como para a indústria musical, e lecciona nas áreas de som e música. É responsável pelo projecto Yellow Bop Records, netlabel pessoal e prestadora de serviços no sector áudio profissional e produção musical. Na Charanga é responsável pela execução do violino e maquinaria digital e pela composição dos temas. www.yellowboprecords.com
Quim Ezequiel é João Cleto, que vive em Almada, é engenheiro do ambiente de profissão, mas também gaiteiro, e foi actor e encenador de teatro amador, com sucessos vários no circuito do teatro universitário. Faz parte da Associação Gaita-de-Foles e trabalha esporadicamente na produção de espectáculos de música tradicional e world music. É membro de grupos de música tradicional como a Orquestra de Foles (banda da Associação Gaita de Foles) e os Gaiteiros do Asfalto. Na Charanga toca Gaita de fole,  canta, rearranja temas do cancioneiro popular português.  Para alem disso produz os conteúdos informativos e visuais que ajudam o publico a entender o que é que a Charanga está a fazer durante os espectáculos (guiões e cenografia).

http://www.charangacharanga.net/
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