17:00 até às 23:00
Transatlantico

Transatlantico

Este projecto parte de um convite para produzir uma instalação específica na vitrine do estúdio Fisga. Ana Allen resgata uma ideia que tinha ficado a flutuar desde 2011, altura em que tinha convidado Sónia Carvalho para dialogar com um trabalho específico. A proposta estética desse diálogo equipara-se à viagem de Paul Gauguin quando este, em 1891, embarca numa travessia oceânica em busca de uma pintura livre e selvagem e de um mundo mais puro, longe dos códigos da civilização Europeia.

Com esta permissa em mente, em 2021, este percurso é enunciado por Ana que, evocando a procura do paraíso perdido, o simboliza através de palmeiras congeladas e de uma ideia digitalóide de natural. Por outras palavras, a procura é a mesma de Gauguin mas a paisagem apresenta-se, agora, como outra: turística, artificial, digital e marcada pela catástrofe.

Do outro lado e por outro lado, Sónia dá vida a um habitante exótico, um ser simultaneamente corpóreo e místico que cultiva saberes ocultos e transcendentes. Nas suas palavras, trata-se de pronúncios e sinais capazes de guiar numa "visão interna".
Posto isto, estamos todos convidados a embarcar nesta viagem flutuante cujo princípio conhecemos e o fim ainda vamos descobrir...



Neste cruzeiro teremos diversas actividades lúdicas. Além do conteúdo em exposição das artistas, teremos comida do oriente, bebidas exóticas, e música no jardim.



Biografias.

Ana Allen (1985, Porto, Portugal). Frequentou o Curso de Artes Visuais da Escola Especializada em Ensino Artístico Soares dos Reis. Licenciou-se em Pintura pela Faculdade de Belas Artes do Porto, onde também completou o Mestrado com a tese: Pintura e Fotografia - Processos de Transposição de Imagens. Actualmente, frequenta o Doutoramento em Artes Plásticas na Faculdade de Belas-Artes do Porto, onde desenvolve a investigação intitulada: Paisagem Mediatizada - Uma Contemplação Tecnológica da Natureza. O seu trabalho artístico reside sobretudo no domínio da pintura e do desenho, e mantém o foco em torno dos temas históricos e paradigmas da pintura - como persistem na actualidade e de que forma são atravessados pelos hábitos e estéticas da cultura contemporânea. A sua recente investigação conecta as paisagens digitais com a pintura de paisagem sob várias formas possíveis, conduzindo a um conceito antagónico de natureza artificial. Esta investigação conta com o apoio da Fundação para a Ciência e a Tecnologia. 

Sónia Carvalho (1978, PT). Artista visual, performer e investigadora [ID+ (UA/DeCA] e CIEBA]. Investigadora subsidiada pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia. Atualmente está a estudar o Doutoramento em Belas Artes, especialidade de Pintura, na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa. Desenvolve uma prática transdisciplinar, da Performance ao Vídeo, da meditação à Pintura; centrada na pesquisa da prática ritual e na represent(ação) do Corpo e, do estudo dos símbolos e seus arquétipos femininos, como lugar de espiritualidade — para a criação da imagem e das imagens em movimento. A partir das práticas rituais tem vindo a explorar mais recentemente a sensação de “estranho familiar”, como por exemplo a partir de situações como as lides domésticas e de limpeza, onde se mesclam os limites entre “doméstico-publico e privado”, o “social e o sexual” e o “simbólico-sagrado” — agregados à pesquisa do folclórico e que atuam como dispositivos da experiência simbólica do numinoso e da intuição selvagem feminina.



mais informações em breve.
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