Este é o olhar, forçosamente de passagem, de um estrangeiro, de um “Gringo” sobre um país que se reinventa, num continente de paradoxos. Não há aqui a preocupação ou a veleidade sequer, de pretender retratar as complexidades desse país, cheio de grandes fotógrafos e onde há quem diga , nas origens nasceu a própria Fotografia, ou um dos tantos inventos da mesma. Pretende ser, fugindo ao cartão postal, tão só, um olhar diferente, fora das narrativas e do alinhamento dado pelos media ou por quem detém o seu poder numa sociedade que mais que o seu oposto, cultiva por seu lado as suas diferenças. Olhar inteiro para um país que passados mais de 500 anos parece ainda não ter sido descoberto por si mesmo, e embora o não tendo, dele próprio se ausenta, esperando no entanto, vinda não se sabe de onde, uma mudança noutro sentido ou uma outra vida, enquanto espera na sala das partidas de um qualquer aeroporto. Luís Pereira
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