Frederico Brízida - #trompelesprit

O Frederico,
com a arma-de-poder-e-de-controlo com e sobre o mundo que nos é comum a todos - o telemóvel - , não só capta um recorte da imagem de mundo, mas também, sobre essa representação in_verídica, evoca a sua autoridade estética. Através de violações de um impulso imediato (a edição - que é também realizada no dispositivo de captação) caminha para um lugar onde alguma coisa foi aniquilada – ou deixada morrer – para que outras se tornassem aparição. É sempre impossível fugir a esta fantasmagoria tão própria ao meio, mesmo quando o meio (a fotografia) é já uma representação de si próprio (os telefones que imitam, à superfície, o que a estética da fotografia analógica traz no corpo, e que imprimem velocidade e variação de modo na relação)
- quão paradoxal, inglório, FRESCO e LINDO, é isto de procurar a pureza na desvirtuação? –
e novamente, aqui, o maquínico do mundo é trazido a ver-se:
as relações de aparência e apareceres, éticas e estéticas
todas elas presentes
e todas elas convocadas : #trompelesprit

Catarina Real


Curadoria: Petri [with "y"]

Exposição Patente: 18 Março - 15 Abril 

Espaço Painel - Rua das Taipas, 135, Porto. (Edifício Ispup, junto à Cordoaria)