15:00 até às 20:00
Ateliês Abertos na Pickpocket Gallery

Ateliês Abertos na Pickpocket Gallery

Nos dias 17, 18 e 19 de Outubro, entre as 15h e as 20h, a Pickpocket Gallery vai participar na AAA com João Miguel Baptista e Sara Rocio.

Para ver e descarregar o mapa do evento, visite o seguinte endereço: http://www.castelodif.com/uploads/1/8/6/3/18637318/aaa_lisboa_2014.pdf


João Miguel Baptista: Lisboa, 1966. Licenciado em Sociologia, completou no Ar.Co a sua formação em Fotografia Aplicada e Projetos. Autor do foto-livro “My Frontiers”, participou nas exposições coletivas: “Não Fiques Assim Tão Longe - Acto I e Acto II” - Fábrica Braço de Prata (2010), integrado no grupo Os Suspeitos, “Se(T)ime” - Galeria Cossoul (2014) e em mostras individuais: “Elevation” - Galeria Pickpocket (2011); “My Frontiers/Elevation” - A Casa Portuguesa em Barcelona (2011); “Ausência: Sentes a minha presença?” - New Optimism Magazine (2011); “Welcome Home” - Casa das Imagens (2012); “Me, Myself and I” - The Portfolio Project (2012); “My Frontiers” - Biblioteca da FCT/UNL (2012); “In(visível)” - PT Porto (2013); curador e fotógrafo na exposição coletiva “Polaroid Park” (Fábrica Braço de Prata/Lisboa, AMAC/Barreiro – 2013, Casa da Cultura de Beja - 2014); organização da Feira do Livro de Fotografia - Fábrica Braço de Prata (4 edições 2010-2013).
Vive e trabalha em Lisboa.
www.joaomiguelbaptista.com


Sara Rocio: “Nasci no extremo ocidental da Europa, Portugal, três anos antes da revolução dos cravos. Estudei de forma avessa à lógica comum. Primeiro segui o ramo científico, licenciei-me em design, e fiz mestrado em estudos cinematográficos, acabei por descobrir que o meu meio natural são as imagens paradas e em movimento. 
O que gostaria de ter sido?... bailarina....”

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"A Abertura de Ateliê de Artistas (AAA), promovida anualmente pela Associação Castelo d´If é uma festa na Cidade. 

Centenas de pessoas das mais diversas condições e movidas pelos mais diferentes gostos e propósitos vão deambular nesses dias pela cidade munidas de um mapa e olhos postos na toponímia da cidade procurando o covil de cada artista participante no evento.

O mapa distribuído ao público pela organização, com a localização dos ateliês na cidade, dá a conhecer ao visitante lisboeta uma outra cidade. A sinalética que indica os locais dos ateliês, até então anónimos para o lisboeta, dá a esses pontos topográficos espalhados no espaço da Cidade o poder de uma revelação. É da rota da criação artística até então oculta de que nos vamos dando conta. Rede invisível no dia-a-dia que através desta revelação passa a acrescentar novos valores poéticos aos percursos até então meros sítios de passagem.

A visão de um público diverso e anónimo no seu movimento de peregrinação ao encontro dos artistas, empresta à noção costumeira do nosso espaço urbano uma nova energia que ilumina e dá novos sentidos à rotina da cidade.

Ao turista acidental, que nestes dias visita a cidade, Lisboa surge como uma cidade encantada onde a arte emerge em cada canto, dando-se a conhecer, não pelos standartizados guias e roteiros do turismo tradicional mas sim por uma “via ars” que o levará aos sítios mais profundos da cidade. 

O cidadão amante das artes que se lança nesses dias na demanda dos ateliês sente uma leveza no ar uma sensação de ser possível procurar e encontrar locais inesperados e plenos de sentido. É uma espécie de caça ao tesouro, um jogo de verdade cheio de surpresas e por vezes desilusões mas sempre uma experiencia humana da qual sairá mais rico e conhecedor da cena artística da cidade real, da sua capacidade de produzir e proporcionar objectos com arte. 

Nestes dias sentimos que a arte não é propriedade de ninguém, ela nasce nas casas, em lojas devolutas, apartamentos ou armazéns. Percebemos que a arte é do mundo e que, tal como as pessoas aspira à oportunidade de se expandir e entregar. Depois imaginamo-la a passar de mão em mão por roteiros que desconhecemos ou a entrar em circuitos mais organizadas cumprindo outros desígnios e funções.
 
Chegados a um qualquer dos destinos, diante de um prédio como tantos outros, deparamos com um único sinal indicativo, um discreto cartaz junto à porta, no qual a discreta iconografia da Associação Castelo d If nos diz; “é aqui”. Entramos e outro mundo se abre. 

Lá dentro, num espaço arquitectónico desabitado da função para que foi pensado surge um outro ambiente, dedicado à criação artística. Os ateliês são uma surpresa como as casas de morar, impregnam a personalidade de quem os habita. Em cada espaço estabelece-se uma proporção única dos elementos, um equilíbrio específico entre o cheio e o vazio, um ambiente específico de espaço e objectos. Aí vamos encontrar os artistas anfitriões e o público que ali desejou estar para conhecer aquele sítio, os autores e a sua obra. Papéis, bancadas de trabalho, telas, trabalhos e conversas. Tempo para observar, possibilidade de perguntar e oportunidade para conhecer.

É um momento especial. Fora da impessoalidade dos circuitos institucionais, num ambiente facilitador e intimista é possível uma aproximação real ao artista, ao seu processo artístico e obras. É uma experiência totalmente nova, de todo impossível quando o encontro acontece nos locais ritualizados das instituições da arte com as suas poses e máscaras.

O encontro com aquelas pessoas que por via do acaso e de modo efémero, partilham naquele momento quele espaço de ateliê connosco, oferece às relações novas possibilidades de sinceridade e abertura. Os artistas falam do trabalho, do percurso, das ideias, dos materiais e vicissitudes da vida artística. Estabelecem-se ali diálogos cruzados entre artistas e estudantes, turistas, pequenos coleccionadores, intelectuais, olheiros e gente comum. Trocam-se opiniões, criam-se pequenas afinidades, descobrem-se interesses comuns, dão-se informações, trocam-se 
contactos.

Esta é a pulsação do acontecimento AAA. Mas muitas mais coisas acontecem em simultâneo. O mundo romântico da arte convive de perto nestes dias com o mundo profissional da arte. É um período de intensos contactos e oportunidades para artistas e agentes da arte, momento onde os convites acontecem e negócios se estabelecem."

Francisco Galvão
Recomendamos que confirme toda a informação junto do promotor oficial deste evento. Por favor contacte-nos se detectar que existe alguma informação incorrecta.
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