21:30 até às 23:30
Tuvalu, de Veit Helmer

Tuvalu, de Veit Helmer

Grátis
Cinema Paraíso
Ciclo de cinema ao ar livre

Centro de Arte e Cultura
Jardim Tardoz, 21:30
5 setembro

Não é um filme mudo, mas podia ser.  
Veit Helmer partiu para a criação de Tuvalu com um desafio: fazer um filme sem recurso às formas convencionais do diálogo e da linguagem. O caminho assim proposto tornou-se difícil, desde logo com o financiamento de um guião pouco habitual. Mas para os actores é que os problemas se levantaram com maior evidência. Substituir as falas numa dada língua por falas numa língua inexistente, embora com recurso a palavras reconhecíveis (ambulância, papá, etc.) num registo próximo do gibberish, supõe um trabalho mais apurado e exigente quanto às técnicas de representação, com maior incidência no tratamento de gesto e de corpo. Os actores têm ao seu dispôr recursos teatrais e toda a tradição actoral característica do início do cinema, e é nesse registo que se nos apresentam as personagens e as situações do filme, em imagens sépia que evocam justamente essa herança cinematográfica.

Tuvalu conta a história de um lugar mítico. Dirigida por um velho cego, com a ajuda da sua mulher e do seu filho Anton, uma velha piscina / balneário público em ruínas teima em permanecer no activo. A funcionar apesar de todas as limitações técnicas, apesar de alguns dos raros clientes pagarem com botões a sua entrada, e na mira da ganância demolidora do outro filho, o ganancioso empreiteiro Gregor, este estranho edifício apresenta-se no centro de uma parábola utópica, lugar de solidariedades, de resistência e de persistência que conduz as personagens à descoberta do amor e do caminho para Tuvalu.

A história de amor envolve Anton e Eva, uma bela jovem que acompanha habitualmente o seu pai à piscina. Quando a fúria gentrificadora de Gregor destrói a sua casa e deixa Eva e o pai sem abrigo, estes instalam-se num barco e sonham com Tuvalu. Mas a morte do pai de Eva, num acidente na piscina, precipita os acontecimentos. Se Eva acredita inicialmente no dissimulado Gregor, culpando Anton, é com este último que acaba por fugir, depois de ver a piscina que tentaram salvar ruir sem remédio, pondo fim ao sonho de resistência que parecia animar todos. No final é para Tuvalu que se dirige o jovem casal, esse lugar de amor, de prazer e de resistência renovada com que o filme escreve o seu final feliz!


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Cinema Paraíso
Ciclo de cinema ao ar livre
Curadoria de José Alberto Ferreira
 
Centro de Arte e Cultura
27 junho – 12 de setembro
Aos sábados, 21h30
Entrada livre sujeita à lotação do jardim. 
 

Convidando a cidade ao encontro e à vivência do espaço, depois da experiência colectiva do confinamento, o Centro de Arte e Cultura da Fundação Eugénio de Almeida promove um ciclo de cinema ao ar livre, a iniciar no último sábado de junho. 
O ciclo intitula-se Cinema Paraíso, evocando a obra-prima de Giuseppe Tornatore, que em 1988 nos deu uma visão apaixonada do cinema e da sua magia. É um pouco dessas magia e paixão que queremos agora partilhar, abordando-a a partir da festa, do humor e da música.
Convidamos, por isso, figuras bem conhecidas do nosso património cinematográfico para esta festa, que inclui sessões com música ao vivo!
Charlie Chaplin, Roscoe ‘Fatty’ Arbuckle, Buster Keaton, Jacques Tati estarão presentes. Mas também as actrizes do cómico, tantas vezes esquecidas, a quem dedicamos uma sessão. E muitos mais convidados, numa galeria de personagens que tratam com a maior seriedade os casos (e acasos) da vida de todos os dias.




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