JANTAR-PERFORMANCE LandMarks #8 - a question of identity Rebecca Moradalizadeh 21 de outubro | 20h00 Participação gratuita, limitada a 25 lugares, mediante inscrição prévia através do email centrodearteecultura@fea.pt
Este jantar-performance reflete e problematiza a procura pessoal da artista Rebecca Moradalizadeh de uma identidade e a sua relação com um território, tendo por base o ritual performativo e a experiência gastronómica da cultura persa, recriada a partir de arquivos familiares e da evocação de memórias olfativas e degustativas provenientes de memórias passadas.
*** Rebecca Moradalizadeh tem raízes iranianas que, por razões históricas, não pôde ainda aprofundar ou experienciar plenamente. Essa circunstância tornou-se, pouco a pouco, central na sua produção artística. Com efeito, a artista interroga de múltiplas formas as condições de acesso (ou falta dele) às suas origens, o seu nome e à sua família (Morad Ali Zadeh, literalmente descendente de Morad Ali), o desconhecimento do país e da cultura, a impossibilidade de nele viver / circular, etc….
As suas performances integram, justamente, o essencial das suas inquirições, quer sob a forma de uma conferência-performance, quer sob a forma de uma refeição partilhada. Em qualquer caso, partilhar significa promover um diálogo constitutivo, significa convidar para a experiência do outro, para descobrir (des-cobrir, desocultar) a alteridade, na certeza de que o processo nos enriquece e enriquece também a nossa experiência do mundo.
Este evento integra a programação paralela da exposição Fenda (https://www.fea.pt/cultura/exposicoes/detalhes/fenda)
**************** REBECCA MORADALIZADEH (n.1989, Londres) Artista plástica, performer e arte-educadora luso-iraniana, vive e trabalha no Porto. É Licenciada (2011) em Artes Plásticas – Multimédia e Mestre (2017) em Estudos Artísticos - Estudos Museológicos e Curatoriais pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Desde 2010, tem explorado a performance art, a videoarte, a instalação, a fotografia, o desenho e a gastronomia, focando-se em questões como identidade, género, migração, território, memória, família, arquivos e vestígios. Tem apresentado o seu trabalho em diversas exposições, festivais, artists talks e residências artísticas, em Portugal e no estrangeiro. Recebeu o 2º prémio do Concurso Artes e Talentos da Fundação da Juventude com a proposta ArchivesVivants (2017). Em 2015, iniciou LandMarks Series, um projeto de investigação autobiográfico relacionado com as suas origens iranianas no qual combina as artes visuais, a performance arte e a gastronomia. O seu díptico fotográfico LandMarks #3. 1 –theprocessé integra a Coleção Municipal de Arte Contemporânea do Porto.
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