22:00 até às 01:00
Isabel Carvalho | ARaChné-EN-CIEL

Isabel Carvalho | ARaChné-EN-CIEL

AR(a)C(hné)-EN-CIEL
22.11.2019 - 11.01.2020
Quadrado Azul | Lisboa
Inauguração: 21 Novembro | 22 horas // Opening: 21 November | 10pm

PT
Nesta exposição, as ideias representadas retomam, de Les Bijoux Indiscrets, de Diderot, aquelas que convergem para o desígnio de desconstruir categorias através da multiplicidade do (existente) real, utilizando recursos capazes de fazer proliferar linguagens. A construção de um discurso visual adopta, pela disposição das peças, a metáfora do arco-íris. O arco-íris é metáfora da linguagem, que se abre para incluir multiplicidades, para fundir e confundir categorias. O título desta exposição lança um jogo entre arc-en-ciel (arco-íris) e arachné (aranha), arc(a)c(hné)-en-ciel: um céu de aranha, um céu tecido como uma teia de associações. A aranha surge numa das ilustrações de Les Bijoux Indiscrets (na edição original) e representa a sensibilidade, a ramificação dos nervos, logo a teia é a construção que remete para outro (alguém): de uma sensibilidade a outra. Mas é também o denominador comum, a essência de tudo o que existe e que faz abolir o que se apresenta diante de nós com as maiores evidências (tal como, por exemplo, a distinção de artista-produtor e de público). Serão reconhecidas formas como as da traqueia e da glote (elementos fisiológicos determinantes na voz/fala), as dos açaimes (corrompidos, para que todas as vozes, construídas ou não, bem ou mal articuladas, se ouçam) e as próprias cores do arco-íris associadas aos nomes das falantes (CIDALISA - CÍPRIA – CLEANTIS – EGLÉ – ERIFILA – ESFERÓIDE – FANNI – FARASMANE – FATMÉ - FENIÇA – FLORA - FRICAMONA - FULVIA-GIRGIRO - HARIA - IPHIS – IPSIFILA – ISEC - ISMENA - LEÓCRIS - MANILA -MIRZOZA – MONIMA – OLÍMPIA - ORFISA – SALICA - SERICA – SIBERINA - SOFIA - TÉLIS - VÈTULA – ZAIDA – ZEGRIS - ZELAIS - ZÉLIDA – ZELMAIDA – ZIMA […]). A ilusão (na íris) de um arco colorido, projectado no céu, é potenciada por uma outra construção (tecida, como no mito), que leva mais longe a proliferação de sentidos com o propósito de libertar a violência produzida por categorias impostas.

ENG
In this exhibition, the ideas represented from Diderot's Les Bijoux Indiscrets summarise those that converge towards the goal of deconstructing categories through the multiplicity of (existing) reality, using resources that are capable of proliferating languages. Through the arrangement of the works, the construction of a visual discourse adopts the metaphor of the rainbow. The rainbow is a metaphor for language, open to multiplicities, to fusing and confusing categories. The title of this exhibition is a play on words between arc-en-ciel (rainbow) and arachné (spider) - arc(a)c(hné)-en-ciel: a spider sky, a sky woven like a web of associations. The spider appears in one of the illustrations of Les Bijoux Indiscrets (in the original edition) and represents sensibility, branching of the nerves. The web is therefore the construction that refers to the other (someone): from one sensitivity to another. But it is also the common denominator, the essence of all that exists and which abolishes that which manifestly stands before us (e.g. the distinction between artist-producer and audience). It will be possible to recognise forms such as the trachea and glottis (determining physiological elements in the voice / speech), muzzles (corrupted, enabling all voices to be heard, whether or not they are constructed, or are effectively or poorly articulated) and the colours of the rainbow associated with the names of the speakers (CIDALISA - CÍPRIA – CLEANTIS – EGLÉ – ERIFILA – ESFERÓIDE – FANNI – FARASMANE – FATMÉ - FENIÇA – FLORA - FRICAMONA - FULVIA-GIRGIRO - HARIA - IPHIS – IPSIFILA – ISEC - ISMENA - LEÓCRIS - MANILA -MIRZOZA – MONIMA – OLÍMPIA - ORFISA – SALICA - SERICA – SIBERINA - SOFIA - TÉLIS - VÈTULA – ZAIDA – ZEGRIS - ZELAIS - ZÉLIDA – ZELMAIDA – ZIMA […]). The illusion (in the iris) of a colourful arc that is projected into the sky, is enhanced by another construction (woven, as in the myth), which furthers the proliferation of senses, to unleash the violence produced by the imposed categories.


Isabel Carvalho (1977, Porto) vive no Porto. Nos últimos anos, o seu trabalho artístico tem cruzado as artes visuais e a escrita. Com uma metodologia que combina abordagens científicas e especulativas, a sua prática tem uma forte componente de investigação. O seu principal interesse está em estabelecer relações de sentido entre prática artística, linguagem, economia, política e sexualidade. /// Isabel Carvalho (b. 1977, Porto) lives in Porto. Over the past few years her artistic work has brought together visual arts and writing. There is a strong research component in Isabel’s practice – crossing scientific and speculative approaches as a methodology. Her main interest is to establish meaningful relationships between contemporary art practice, language, economy, politics and sexuality.

Inauguração simultânea em Alvalade / Also opening in Alvalade:
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Nanogaleria | Artifício - Maria Trabulo - 8.ª exposição da nanogaleria
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