10:00 até às 10:00
7 APART

7 APART

7 APART - COLECTIVA DE DESENHO E PINTURA

[PT]

23 Setembro > 31 Dezembro 2017 + Uns Dias
Galeria Cruzes Canhoto, Rua Miguel Bombarda, 452, Porto

Uma exposição colectiva que reúne desenhos e pinturas de sete outsiders pertencentes ao círculo de artistas da Cruzes Canhoto.
Para além dos já anteriormente exibidos João Fróis, Daniel Gonçalves e Pedro d’Oliveira, a galeria apresenta pela primeira vez as criações de Serafim, ZMB, Damião Vieira e Clara Probanza.

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[ENG]

23 September > 31 December 2017 + A couple of days
Galeria Cruzes Canhoto, Rua Miguel Bombarda, 452, Porto

A collective exhibition that gathers drawings and paintings of seven outsiders belonging to the circle of artists of Cruzes Canhoto.
In addition to previously exhibited João Fróis, Daniel Gonçalves and Pedro d'Oliveira, the gallery presents for the first time the creations of Serafim, ZMB, Damião Vieira and Clara Probanza.


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PEDRO D’OLIVEIRA

Pedro d’Oliveira (n.1971) é um artista plástico singular, da região da Anadia. Apesar de ter formação superior e de estar representado em múltiplas colecções particulares e institucionais, quer em Portugal quer no estrangeiro, sempre se manteve arredado do meio oficial das artes.
Maioritariamente figurativos, os seus trabalhos remetem quase sempre para o imaginário dos contos infantis (Pinóquio, Capuchinho Vermelho, Soldadinho de Chumbo), tudo expresso de modo genuinamente ingénuo, através de múltiplas formas plásticas.

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Pedro d’Oliveira, born in Anadia in 1971, is a singular plastic artist.
Despite having a higher education in art and being represented in multiple private and institutional collections, both in Portugal and abroad, he has always kept himself away from the established art scene.
Mostly figurative, his works often refer to the imagery of children’s classic fairy tales (Pinocchio, Little Red Riding Hood, The Steadfast Tin Soldier), all expressed in a genuinely naïve way, through multiple plastic forms.


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JOÃO FRÓIS

Nascido em 1949, em Lourenço Marques (actual Maputo), João Fróis provém de uma família Alentejana radicada em Moçambique há três gerações.
Na ex-colónia portuguesa, onde permaneceu até 2001, fez de tudo um pouco, dando sentido à sua personalidade desalinhada, diletante e aventureira. Entre outras actividades, foi militar, jornalista, treinador de basquetebol, modelo vivo e assistente de bordo das Linhas Aéreas de Moçambique. Nos tempos livres, desenhava e pintava, aproveitando o convívio que mantinha de perto com o meio boémio e artístico local, onde se incluíam Malangatana e Chichorro.
Vive actualmente numa aldeia de Ponte de Lima, completamente arredado do sistema, numa espécie de isolamento que lhe permite levar os dias como gosta, livre e desprendido de questões materiais.
Artista autodidacta, dá azo à suas criações como resultado de um processo inconsciente singular de auto-terapia, e não de uma actividade regular de expressão artística com o propósito consciente de mostrar e vender o trabalho final.

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Born in 1949 in Lourenço Marques (now Maputo), João Fróis came from an Alentejo family based in Mozambique for three generations. In the former Portuguese colony, where he remained until 2001, he did a little of everything, giving meaning to his nonaligned, dilettante and adventurous personality. Among other activities, he was a military man, a journalist, a basketball coach, live model and a flight attendant for the Mozambique Airlines. During his free time, he drew and painted, taking advantage of the close relationship he maintained in the local bohemian and artistic scene, which included Malangatana and Chichorro.
He currently lives in Ponte de Lima, completely out of the system, in a kind of isolation that allows him to take his days as he likes, free and detached from material questions.
Self-taught, he makes art as a result of a singular unconscious process of self-therapy, not a regular activity of creative expression with the conscious purpose of showing and sharing one’s result.


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DANIEL GONÇALVES

Daniel Gonçalves é um desenhador e pintor autodidacta, nascido no Porto em 1977, com uma profunda genuína veia artística. Esta sua qualidade, aliada a uma personalidade hiperactiva, levou-o desde muito novo a entender o mundo e a relacionar-se com este através da expressão plástica, tendo participado na última década em múltiplas exposições colectivas realizadas no Grande Porto.
No percurso pleno de experimentações que fez, na procura de uma marca pessoal, independentemente da multiplicidade de estilos, sempre revelou uma atenção particular pelos jogos de formas e de cores.
A partir da série “2:22“,  exposta na Cruzes Canhoto em 2016, passa a apresentar um obsessivo preto e branco materializado em desenhos geométricos, não objectivos, ainda que manchados por elementos orgânicos, numa estética minimal repetitiva, mais circular que linear.

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Daniel Gonçalves is a self-taught draughtsman and painter from Porto (b.1977) with a deep genuine creative streak. This gift, combined with a hyperactive personality, led him from an early age to understand the world and to relate to it through his artistic expression, having participated in the last decade in multiple collective exhibitions held in Porto.
In the course of his experimentations searching for a personal style, regardless of the multiplicity of techniques, he has always revealed a particular attention for the games of shapes and colors.
After the series “2:22“, exhibited at Cruzes Canhoto in 2016, presents an obsessive black-and-white, materialized in geometric abstract drawings, though spotted by organic elements: a repetitive minimal aesthetic, more circular than linear.


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CLARA PROBANZA

Nascida em 1959, no País Basco, Clara Probanza começou a dar forma à matéria dos seus sonhos, depois do surgimento de uma doença grave que transformou a sua vida e a obrigou a passar a maior parte do tempo deitada num sofá. 
Com o propósito de amenizar a dor que sentia, em 2008, na companhia da sua irmã ilustradora, começou a forjar aquilo que ambas apelidaram de «arte de sofá» e a construir um pequeno mundo de seres extraordinários.
O fantástico e colorido universo que povoava a sua mente ganhou, então, forma em papel, através de desenhos onde se expressam todas as infinitas possibilidades que o mundo nos oferece. Neles podem encontrar-se personagens de um só braço, cabeças com mil olhos ou homens com patas de pássaro – seres abismais mas divertidos que nos dão lições de vida, a partir de um sofá no País Basco.

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Born in 1959 in the Basque Country, Clara Probanza began to shape the material of her dreams after a serious illness had transformed her life and forced her to spend most of her time lying on a sofa.
In order to ease the pain she felt, in 2008, in the company of her sister illustrator, she began to forge what they both called "couch art" and to build a small world of extraordinary strange beings.
The fantastic and colorful universe that populated his mind gained, then, form on paper, through drawings that express the infinite possibilities that the world offers us. In them we can find one-armed characters, heads with a thousand eyes or men with bird legs - abysmal but fun beings who give us life lessons, from a couch in the Basque Country.


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SERAFIM

Serafim é um caso extremo de singularidade. Nada na sua relação com o mundo, incluindo a sua forma de expressão artística, obedece aos trâmites expectáveis e às convenções pré-determinadas. Desde miúdo que apenas o diferente não lhe é indiferente.
Diagnosticado com síndrome de Asperger, encontrou nas artes um meio onde se salientavam as suas competências, enquanto nos restantes espaços eram as insuficiências as destacadas.
As qualidades extraordinárias que possui levam-no a criar invulgares e surpreendentes associações de formas e de cores, nem sempre compreensíveis para quem tem uma mente de gosto formatado mas extremamente excitantes para todos aqueles que têm os sentidos despertos e a mente aberta. 
Nascido, em Fânzeres, Porto, em 1983, é um artista de expressão não-racional, movido pelo inconsciente nas suas criações.

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Serafim is an extreme case of singularity. Nothing in his relationship with the world, including his artistic expression, obeys the expected procedures and predetermined conventions. Since ever, only the different is not indifferent to him.
Diagnosed with Asperger's syndrome, he found in the arts a medium where his skills were highlighted, while in all other spaces it were the inadequacies that were emphasized.
His extraordinary qualities lead him to create unusual and surprising associations of forms and colors, not always comprehensible to those who are short-sighted and narrow-minded, but extremely exciting for all those who have awakened senses and an open mind.
Born in Fânzeres, Porto, in 1983, he is an artist with a non-rational expression, always moved by the unconscious in his creations.


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ZMB

ZMB (abreviatura de zombie) é um pseudónimo de Rui Lourenço, um artista autodidacta nascido no Porto em 1973. Cedo sentiu o apelo das artes plásticas, mas acabou por ingressar no curso de Engenharia Electrónica. Especialmente dotado, mal acabou o curso, estagiou numa empresa da República da Irlanda, onde permaneceu quase dois anos até que um acontecimento traumático da sua vida pessoal o levou a voltar a Portugal.
A expressão artística surge a tempo inteiro no início da década de 2000, como terapia para a desorganização mental por que passa nessa fase da sua vida, devido a problemas de saúde graves e à ausência de oportunidades válidas de trabalho.
Com cultos e gostos profundamente desajustados da corrente de gosto dominante, acaba por se fechar sobre si próprio, passando a frequentar alguns ateliers de arterapia e a expor em locais alternativos da cidade do Porto, como o Espaço T, a Casa da Horta e A Cadeira de Van Gogh. Paralelamente à actividade de pintura, dedica-se à escrita de livros e à composição musical, tudo envolvido num processo não-consciente de expressão surrealista.
Em 2016 passa a integrar o círculo de artistas próximo da Cruzes Canhoto.

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ZMB (abbreviation for zombie) is a pseudonym of Rui Lourenço, a self-taught artist born in Porto in 1973. He felt the appeal of plastic arts early in his life, but eventually entered the Electronic Engineering course. Especially gifted, he had barely finished the course, when he was admitted as a trainee in a company in the Republic of Ireland, staying there for almost two years until a traumatic event in his personal life led him to return to Portugal.
His artistic expression emerged full-time in the early 2000s as a therapy for the mental disorganization that he went through in this phase of his life, due to serious health problems and lack of valid job opportunities.
With cults and tastes deeply out of tune with the dominant taste, ended up closing in on himself, starting to attend some ateliers of artherapy and exhibiting his works in alternative places of the city of Porto, such as Espaço T, Casa da Horta and A Cadeira de Van Gogh. Parallel to the painting activity, he dedicates himself to writing books and composing music, all involved in a non-conscious process of surrealist expression.
In 2016, he joined the close circle of Cruzes Canhoto gallery's artists.


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DAMIÃO VIEIRA 

Damião Vieira é aquele tipo de pessoa que se pode considerar como um operário das artes – ou seja, o verdadeiro artista. Embora auto-didacta, sempre teve o privilégio de privar de perto com os mestres pintores, dada a sua actividade de técnico de artes gráficas ligadas ao meio artístico. Deles aproveitou os melhores dos ensinamentos, sem ter que se sujeitar aos dogmatismos da academia.
A veia artística ter-se-á feito sentir desde o dia em que nasceu, em 1964, em Gondomar, no distrito do Porto. Chegou a frequentar a Escola de Artes Decorativas Soares dos Reis, mas circunstâncias da vida nunca lhe permitiram ingressar num curso superior. 
Desde essa altura até hoje nunca deixou de se exprimir plasticamente, tendo exposto nos mais diversos locais e situações, seguindo vários estilos e formas de expressão. Só nos anos mais recentes, porém, passou a dar voz às suas intuições e à sua criatividade natural.

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Damião Vieira is that type of person who can be considered a worker of the arts - that is, the true artist. Although self-taught, he always had the privilege of depriving closely with the master painters, given his activity as a graphic arts technician linked to the artistic scene. From them he took advantage of the best of the teachings, without having to submit to the dogmatisms of the academy.
The artistic vein he has felt since the day he was born, in 1964, in Gondomar, in the district of Porto, took him to attend the Escola de Artes Decorativas Soares dos Reis, but circumstances of life never allowed him to enter a college.
From that time until today he has never stopped expressing himself plastically, having exhibited in the most diverse places and situations, following various styles and forms of expression. It was only in the recent years, however, that he gave voice to his intuitions and his natural creativity.
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