Angelina Nogueira tem vindo a desenvolver, na sua prática artística, um trabalho de pesquisa arqueológica em torno de memórias alheias que são posteriormente incorporadas na sua biografia, gerando um sujeito "outro". Ao arquivo polimorfo que alberga todas estas memórias, chamou-lhe "Monstruário". Este arquivo é um corpo em continuo desenvolvimento e que vai adotando formas evanescentes. A presente instalação constitui uma nova corporização do “monstro”, trabalhando a memória como uma poética que funde as imagens, fazendo-as diferir do que é recordado. Angelina Nogueira vive e trabalha no Porto. Licenciada em Artes Plásticas pela Escola Superior Artística do Porto e Mestre em Práticas Artísticas Contemporâneas pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, concluiu a Pós-Graduação em Performance na mesma instituição. Desenvolve o seu trabalho nos domínios da instalação, vídeo e performance, com interesse pelas temáticas do registo do tempo através da recolha e estudo de objetos e do dispositivo arquivístico. Integra desde 2015 o SINTOMA (grupo de investigação, prática artística e experimentação em Performance ou Live Art da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto) desenvolvendo trabalho performativo no campo das artes plásticas. Expõe individual e coletivamente desde 2014, destacando: Monstruário - (e)feitos (a)pós e outras histórias(Casa da Imagem, V.N de Gaia/2016); (A)pós-Performance(Porto Art Fest no MNSR, Porto/2016); Tempo Concreto- Performance(Festival Ocupação, Vendas Novas/2016); ASSEITAS(ação coletiva)(Maus Hábitos, Porto/2016); Sensorial Collector(Projeto vencedor Laboratórios de Verão, GNRation, Braga/2015); Tempo Terra- Performance(Biblioteca de Serralves, Porto/2015); No final de nada existe espaço para algo mais(XVIII Bienal de Cerveira, V.N de Cerveira/2015); Ofélia Hoje(CAAA, Guimarães/2015); Life After(Destination Unknown, Palácio das Artes, Porto/2014); INDIVIDUAL-Acceptance and Share(colaboração de Ana Santos)(Serralves em Festa, Porto/2014) Curadoria: Vera Carmo
