Mesa-redonda coordenada por Rita Alcaire e João R. Pais
O sexo explícito tem sido usado no cinema como provocação, ferramenta estética, estratégia política ou promessa de autenticidade. Entre o gesto artístico e o gesto voyeurista, a sua presença nas telas continua a desafiar fronteiras entre erotismo e pornografia, ficção e realidade, intimidade e performance. Nesta mesa-redonda, discutiremos como o cinema tem utilizado o sexo explícito para interrogar relações de poder, desejo e representação — e de que modo estas escolhas formais e narrativas dialogam com debates contemporâneos sobre trabalho sexual, consentimento, censura e agência. A reflexão estende-se também às plataformas digitais, onde o sexo e o corpo se tornaram territórios de visibilidade, comércio e autoexpressão, alterando profundamente a forma como entendemos a exposição e a intimidade. Num encontro entre investigação académica, criação cinematográfica e crítica cultural, propomos um olhar plural sobre as políticas do desejo e as éticas da representação, perguntando o que está em jogo quando o sexo se torna imagem — e o que essa imagem nos diz sobre o nosso tempo.
Entrada gratuita.