Cada cidade encontra o seu lugar para secar a roupa. Os lavadouros ainda são lugares para lavar — dentro das cidades são espaços cada vez mais silenciosos. Nos ecos dos tanques, ouvimos as canções e estórias das lavadeiras; agora no silêncio, ouvimos dores de crescimento urbano — há estruturas que aumentam e nos empurram para fora. Ouvimo-las dizer que preferem lavar à mão e que as máquinas não viram os bolsos; hoje, ouvimos tambores.
Na exploração de diferentes relações, gentrifugação é uma performance-instalação que propõe uma visualização e fabulação sobre estes espaços e estórias, para que possam ser analisados, criticados e vividos de várias perspetivas. As composições sonoras são a base de interação entre as duas performers: a voz, a água, o ritmo e a palavra como expressão deste movimento.