“Uma estrada no campo. Uma árvore. Ao anoitecer.” Ou seja, um palco vazio com um velho lenho e um monte de terra. É neste “sítio encantador”, o mais famoso cenário do teatro contemporâneo, que Vladimir e Estragon são supostos esperar por um tal homem de nome Godot (ou lá como ele se chama). E é num “nada a fazer” que se prolonga por dois atos que estes dois mendigos (não só de classe, mas de “papel”) entreter-se-ão a discutir os mais diversos temas, enquanto suportam o pesado jugo da espera. “Perspetivas animadoras” – diz Estragon Contudo, este enredo minimalista tornará-se-á a obra prima do teatro do séc. XX, por trazer a palco o rasgão da condição humana no seu expoente, na qual a pergunta existencialista “E eu, que sou?” coincide com “E eu, que espero?” “Esperamos pelo Godot.” “Ah, pois é.”
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