Em Matéria Vibrante, Catarina Botelho, convida-nos a interrogar a vitalidade da matéria e as memórias ocultas dos espaços. Inspirada pela teoria de “matéria vibrante” de Jane Bennett, a exposição explora a ideia de que os materiais não são meros recipientes passivos de experiências, mas entidades activas, portadoras de histórias. Há uma energia latente em tudo o que existe: uma potência que vibra, embora invisível, permeia o mundo com uma presença além da humana. Aqui, a artista toma esta noção como ponto de partida para reflectir sobre como os corpos invisibilizados, especificamente o corpo lésbico, continuam a vibrar e a inscrever-se, silenciosamente, no tecido do espaço urbano e do tempo, mesmo que remetidos para a invisibilidade. Em cada trabalho percebemos que não só os seres humanos têm agência, mas que os objectos e as substâncias, mesmo que inanimados, possuem uma espécie de “vitalidade” própria, uma influência que molda o mundo e as relações que nele se desenrolam. Um campo de força invisível que, mesmo silenciado, age sobre o mundo e nos convida a questionar as fronteiras entre o que vive e o que se julga inerte. Galeria Municipal de Arte de Almada Horário Terça a sábado: 11H-13H / 14H-19H Encerra domingos, segundas e feriados Catarina Botelho Curadoria: Maribel Mendes Sobreira Produção: Ricardo Batista Design Gráfico: Joana Machado Parceria: Câmara Municipal de Almada Financiamento: DGArtes - República Portuguesa Apoios: Antena 2, Buala, Contemporânea, Gerador, Umbigo Co-produção: Matadero Madrid, Escocesa