A Mundano apresenta uma nova exposição na sua Galeria. Desta vez contamos com a presença da Artista Plástica Sílvia Simões, e esperamos contar também com a vossa :) Fiquem a saber mais um pouco sobre o que vão encontrar. .............................................................................................. “Quer dizer este desenho de que escrevo: antes determinar, inventar ou figurar ou imaginar aquilo que não é para que seja e venha a ter ser.“ Francisco de Holanda 21) Estes desenhos resultam numa série, na qual tenho vindo a trabalhar desde 2007. Nascem na tentativa de resposta ao desafio que me foi colocado em pensar/atuar sobre as implicações que encontraria na transferência de um registo em confronto ou diálogo para a construção de um registo único. Mais tarde, em 2010, a convite da Teresa Carneiro, para participar no IMPERMANÊNCIAS, projeto realizado em parceria com o FESTIVAL INTERFERÊNCIAS, que se articulou entre dois tempos e espaços distintos: uma residência artística, aberta ao público, a decorrer no Espaços do Desenho (Fábrica Braço de Prata) e uma exposição nas carruagens do Metro de Lisboa, este conjunto de desenhos ganha outra dimensão. Desde essa data, vários foram os desenhos que alimentaram a série “Impermanências e Permanências no Desenho”, outros, entretanto seguiram novos caminhos. O registo, o corpo como único, a impossibilidade da repetição e os registo/mecânico/ e registo/transferência, fazendo alegoria do reprodutível. Digo alegoria, pois cada transferência, cada impressão são únicas. A impossibilidade ou falência da reprodutibilidade, permite-nos o acidente, o erro que torna possível e ainda mais enriquecedor o processo da construção destes desenhos. Assim, com base nos desenhos realizados, apropriei-me de alguns elementos, transferindo-os e repetindo-os para novos desenhos. Em folhas de papel branco que contêm um marca inicial, começa o desenho. Uma marca que existe antes do desenho, mas que se incorpora… A partir daí, começo a construir elementos gráficos que podem ser manchas ou linhas, tendo sendo como imaginário a ideia de paisagem/ espaço (caminhos que se percorrem, corpos que se aproximam, que se repelem, que se invadem, tudo isto em determinado espaço de tempo…) Os materiais utilizados são a grafite que possibilita uma mancha forte e agressiva ao papel, a borracha que por sua vez retira a grafite deixando no rasto da sua marca uma história. A linha como elemento condutor de um percurso que se pode apagar, a esferográfica na marcação de um tempo que não se apaga, a linha de costura a marcar um caminho que tem frente e verso. Um caminho que pretendo continuar a fazer crescer na possibilidade de algumas impermanências, na permanência que é desenhar. Sílvia Simões (2010-2014) https://www.facebook.com/pages/S%C3%ADlvia-Sim%C3%B5es-Artista-Pl%C3%A1stica/719828441428561?fref=ts .............................................................................................. RUA DE SANTOS POUSADA, 668 4000-480 PORTO para mais informações: m +351 916 352 335 mundano.objectos@gmail.com www.mundano.pt