Stranger to the Trees baseia-se numa extensa investigação interdisciplinar que examina a relação de incorporação e rejeição entre o plástico e as árvores. Este trabalho resultou num artigo científico com revisão de pares, que mostra que os microplásticos passam do solo para as raízes das árvores. Foi a primeira vez que uma publicação científica relatou este fenómeno nas árvores, importantes organismos sequestradores de carbono, no contexto global de poluição causada pelos seres humanos. As florestas assumem uma nova materialidade numa época em que a poluição plástica é omnipresente. Verificou-se que os plásticos estão presentes mesmo na periferia do alcance humano: no fundo da fossa das Marianas, na chuva, nas nuvens e na atmosfera. Combinando vídeo, som interativo e escultura, Stranger to the Trees é uma obra multimédia que questiona a resposta dos ecossistemas florestais à dispersão ubíqua e irrevogável de microplásticos na Terra. A prática artística de Kat Austen centra-se em questões ambientais. Combina diferentes disciplinas e meios de expressão, criando instalações escultóricas e de novos media, performances e trabalhos participativos. O seu trabalho é sustentado por uma extensa pesquisa e reflexão teórica e impulsionada por uma motivação para explorar formas de avançar para um futuro mais social e ambientalmente justo. Trabalha a partir de Seul e Berlim. É Artista em Residência na Faculdade de Matemática e Ciências Físicas da Universidade College London e Professora Sénior na UCL Arts and Sciences. A pesquisa de campo de Austen incluiu uma viagem pelo Alto Ártico canadiano.
Kat Austen’s Stanger in the Trees is based on an interdisciplinary research that examines the relationship of incorporation and rejection between trees and plastic.
apoio república portuguesa – cultura / direção-geral das artes. rtcp – rede de teatros e cineteatros portugueses
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