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E SE FALÁSSEMOS DE NÓS? João Gil convida…Fernando Tordo

E SE FALÁSSEMOS DE NÓS? João Gil convida…Fernando Tordo

1 de março | 21h00 (próxima sessão 31/05)

Local: Biblioteca Municipal de Lagos
Org.: CM Lagos
Duração: 90m
Class. etária: M16
Participação gratuita, mas sujeita ao limite da lotação da sala

Iniciativa integrada nas Comemorações do 50.º aniversário do 25 de Abril.

Um dos lugares por onde passa a Liberdade de Abril chama-se “música” - música de intervenção, música de protesto, música de contestação, música-panfleto, música amor e revolta, música solidão e exílio. Foram muitos os instrumentistas, poetas, letristas, cantores, compositores, editores discográficos, jornalistas culturais e artistas plásticos que deram corpo e voz à arte musical de dizer não à ditadura.

Se Abril de 1974 foi o mês de todas as ruturas, de todas as promessas e de todos os futuros, muito desse tempo foi preparado e anunciado pela arte musical clandestina, censurada e perseguida, que vinha do Portugal de dentro e do Portugal de fora, dos exílios, da emigração, do mundo colonial.

João Gil, músico que vagabundeou nesse Portugal de Promessas, traz-nos para o convívio memórias desse tempo duro e aventureiro vivido por alguns dos seus mais brilhantes protagonistas. Serão quatro momentos para celebrar em 2024 o bem mais precioso que aquela madrugada do dia 25 de Abril nos ofereceu: a Liberdade.

BIOGRAFIA
Nascido em Lisboa, em 1948, Fernando Tordo iniciou a sua carreira profissional em 1965, no conjunto “Os Deltons” e posteriormente, em 1966, juntou-se “Os Sheiks”. Por sua vez, a sua carreira de compositor tem início em 1968, tendo o privilégio de ter Joaquim Luiz Gomes, o “príncipe dos orquestradores”, a trabalhar nas orquestrações das suas primeiras composições. A sua discografia, que reúne um repertório plural e de trabalho com os mais reputados orquestradores, maestros e compositores, tem a particularidade de percorrer várias gerações e de ao longo do tempo ter sido agraciada com os mais reputados prémios. Marcada pela sua versatilidade na composição, a parceria com José Carlos Ary dos Santos é considerada pela crítica como uma das mais importantes e impactantes duplas de composição de canções que Portugal teve. O seu primeiro LP, exclusivamente composto com música de sua autoria e textos de José Carlos Ary dos Santos, foi gravado em Madrid, com orquestrações do maestro canadiano Dennis Farnon. Em 1971 recebe o prémio de melhor compositor e intérprete, e conquista o 3º lugar no Festival RTP da Canção com a célebre canção “Cavalo à Solta”. Logo em 1973 volta ao Festival RTP da Canção e conquista o 1º lugar com a música “Tourada”, que se torna um dos mais gritantes sinais de que algo estava a mudar, numa espécie de luz ao fundo do túnel.
Em 1982 lança o álbum “Adeus Tristeza” e é distinguido com o prémio para “O Melhor LP de Música Portuguesa”.
Da sua residência nos Açores resultam, entre outros, “Anticiclone” e “Ilha do Canto”, ambos com atribuição de Sete de Ouro, com orquestrações de François Rauber, diretor musical e orquestrador de Jacques Brel durante toda a sua carreira. Musicou poemas de doze Prémios Nobel da Literatura e gravou em Barcelona, com arranjos de Josep Mas Kitflfus, o CD “Tordo canta Nobel”, que é imediatamente editado pela Fundação Autor da SGAE, Sociedade de autores da Espanha. Em 1994 grava “Só Ficou o Amor Por Ti”, regressando posteriormente a Londres, em 1995, para gravar o disco “Lisboa de Feira”. Este último junto com a National Youth Jazz Orchestra e “Só Ficou Amor Por Ti” com o Maestro José Calvário. Entre 1993 e 1994 conduziu o programa de entrevistas no canal SIC “Falas tu ou falo eu”, e outros programas no Canal de Notícias de Lisboa e na Rádio Antena 1 como “Cantos da Casa”. Outros dos seus marcos discográficos é o álbum “Calendário”, editado em 1997 e que ainda hoje é o disco mais vendido num só dia em Portugal, através do Diário de Notícias. Em 2003, Fernando Tordo foi condecorado por Sua Excelência o Presidente da República de Portugal, Doutor Jorge Sampaio, como Comendador da Ordem de Mérito. Fernando é também distinguido com a Medalha de Prata da Cidade de Lisboa.
Em junho e julho de 2013 prossegue com os concertos em que convida nomes como Rodrigo Costa Félix, Marta Pereira da Costa, Luísa Sobral, Miguel Araújo, Ana Bacalhau (Deolinda), António Zambujo, Marisa Liz e Rita Redshoes, entre outros. Compôs músicas para Mariza, Carminho, Simone de Oliveira, Amor Electro, Paulo de Carvalho e Rita Redshoes. Ainda em 2013, cria um projeto no âmbito da tentativa de recuperação e divulgação dos cordofones portugueses, seguindo o mesmo para digressão com espetáculos por todo o país. Em 2016 lançou o CD “Outro Canto”, escrito e produzido no Brasil, o qual em março de 2017 foi agraciado com o Prémio Pedro Osório, promovido pela Sociedade Portuguesa de Autores. Em 2019 edita o álbum “Duetos – Diz-me Com Quem Cantas”, trabalho que reúne algumas das suas canções mais célebres, interpretadas em dueto com vozes notáveis da música portuguesa como Anabela, Camané, Capicua, Carlos Moisés, Carminho, Filipe Manzano Tordo, Héber Marques, Herman José, Jorge Palma, Maria João, Marisa Liz, Os Quatro e Meia, Raquel Tavares, Ricardo Ribeiro, Rita Redshoes, Rui Veloso e Tim. Nesse ano, sobe ao palco do Teatro Nacional de São Carlos para um concerto inédito com a Orquestra Sinfónica Portuguesa, dirigido pelo maestro Jorge. Costa Pinto. No ano de 2021 lança o disco “Os Fados Que Eu Fiz”, num álbum que reúne as suas composições de canções de fado e o qual inclui um dueto com Cuca Roseta e Paulo de Carvalho.
Em 2023, ano em que completa 75 anos de idade, Fernando Tordo celebra os 50 anos da canção “A Tourada”, canção que faz hoje parte não só da história da música Portuguesa, mas também se posiciona como ícone da luta contra o regime da época.
Ainda no presente ano, Fernando Tordo é condecorado com o grau de Comendador da Ordem da Liberdade, por iniciativa de Sua Excelência o Presidente da República Portuguesa, Professor Marcelo Rebelo de Sousa.

Estacionamento gratuito - O Centro Cultural de Lagos e a Biblioteca Municipal de Lagos oferecem estacionamento gratuito no parque da Frente Ribeirinha (Avenida dos Descobrimentos) para o público dos seus espetáculos/eventos. Para o referido desconto basta que o utente apresente, na receção do parque, carimbo obtido na bilheteira do Centro Cultural de Lagos ou entrada da Biblioteca Municipal de Lagos. A oferta diz apenas respeito a uma hora antes e até uma hora depois de cada espetáculo/evento.

Fonte: https://www.cm-lagos.pt/municipio/eventos/11926-e-se-falassemos-de-nos-joao-gil-convida-fernando-tordo
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