Cinderella

Pode ser que CINDERELLA encerre, volvidos sete anos, uma trilogia que adapta cenicamente obras literárias e universos próprios da infância, não necessariamente dirigida a um público mais novo.  Começou com PINOCCHIO (Primeiros Sintomas/Teatro Matos, 2016. Primeiros Sintomas/TECA, 2017), depois com HANSEL E GRETEL (Primeiros Sintomas/CAL, 2021), fechando-se, agora, um ciclo, com este espetáculo, cuja personagem central, jovem mulher idealizada pela sua beleza e candura, habita um mundo de pó e de cinzas, no sótão e na cozinha, sujeita a todos os castigos, privada dos bailes e das festas, amiga dos ratos e conhecedora da linguagem dos pássaros, iluminada pela luz do fogão, sonhadora alegre, conformada com a sua vida, símbolo de sujidade e pureza, imagina, na figura de um príncipe, o poético e desfigurado ideal de liberdade e redenção.  Ao contrário de PINOCHIO, obra de um único autor, as origens de CINDERELLA, espécie de rainha dos contos de fadas, perdem-se no tempo. O primeiro registo escrito conhecido desta história aparece na China do século IX D.C. , e desde a sua misteriosa origem até aos dias de hoje, sem contar com todas as adaptações cinematográficas e teatrais, Cinderella teve muitos nomes apadrinhados pelas múltiplas versões orais e literárias, ao logo dos séculos, na Europa, Ásia e África. Para dar uma possível forma a este “conto” tão volátil, inspirámo-nos nos autores mais próximos da nossa época (falamos, sobretudo do séc. XIX) que, por meio da escrita ou da música, ajudaram a fixar o mito de Cinderella no imaginário coletivo. Falamos de Perreau, irmãos Grimm, Prokofiev e Rossini. Mas são, essencialmente, as poéticas e desordenadas palavras de Robert Walser que conduzem este espetáculo. 

17 janeiro a 4 fevereiro
quarta a sábado às 21h00
domingo às 17h00 

M/12

Em cena no CAL - Centro de Artes de Lisboa 

Ficha técnica
Encenação  e Dramaturgia Bruno Bravo 
Música Sérgio Delgado 
Cenário e Figurinos Stéphane Alberto 
Desenho de luz Alexandre Costa 
Interpretação Catarina Pacheco, Joana Campelo, Joana Campos, João Pedro Dantas, Nídia Roque, Sofia Marques e Tiago Amado Gomes
Operação técnica António Vilar
Assistentes de cenografia Daniela Cardante e Tatiane Oliveira 
Construção David Paredes 
Costura Atelier Oficina
Direção de produção Telma Grova
Assistentes de produção Inês Félix e Rafael Ligeiro 
Frentes de sala Lyudmyla Yankovska e Etivaldo Camala

Bilhetes:
Bilhetes à venda na Ticketline. 
Reservas: reservas@primeiros-sintomas.com