No dealbar de uma qualquer revolução, um decadente grupo de aristocratas entrega-se a uma maratona de dança inspirada nas coreografias que o absolutista Luís XIV impunha à corte enquanto regra de etiqueta. À semelhança das exigências do “Rei Sol” nos salões de Versalhes, estes nobres vão ter também “de dançar coreografias complexas e desgastantes” e preparar-se para a imposição de “alterações de última hora” ou, como se diria na corte do monarca francês, para a imprevisível Danse du Jour.
Sediada em Montemor-O-Novo, no Alentejo, a companhia Projeto Ruínas regressa a Lisboa com uma “comédia absurda em que o público é contagiado pelo ritmo, pela música, pelos corpos em cena, pela irrealidade das narrativas e é seduzido a embarcar numa viagem hipnótica, intensa e ao vivo através dos séculos em que o veículo é um bailado contínuo.” [texto:Frederico Bernardino/Agenda Cultural de Lisboa]
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