Soma • Projeto Porta-Jazz

Em 2023 a proposta sugerida no âmbito da parceria entre o Guimarães Jazz e a associação portuense Porta-Jazz será o projeto Soma, protagonizado por um quarteto liderado pela saxofonista e compositor José Soares. A atuação deste ensemble, formado, para além de Soares, pelo pianista José Diogo Martins, pelo contrabaixista Omer Govreen e pelo baterista João Lopes Pereira, será complementada pela colaboração com a artista visual argentina Várvara Tazelaar. Musicalmente influenciadas pela estética da música contemporânea, do noise e das tendências de experimentação, as composições e as imagens desenvolvidas no âmbito deste projeto terão como simultaneamente ponto de partida e de expansão narrativa textos da autoria de Gonçalo M. Tavares, Robert Musil, Gaston Bachelard, Clarice Lispector e Maria Gabriela Llansol.

José Soares (n. Luxemburgo, 1991) iniciou os seus estudos musicais na Sociedade Filarmónica Santanense, no concelho da Figueira da Foz, e concluiu o grau académico na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo (ESMAE) e no Conservatório de Amesterdão, tendo também frequentado ao longo do seu percurso masterclasses e workshops dirigidos por grandes instrumentistas do jazz contemporâneo, tais como Tony Malaby, Ralph Alessi ou John Escreet. Para além da sua atividade integrado em formações alargadas como a Orquestra de Jazz de Matosinhos e a Banda Sinfónica Portuguesa, este saxofonista é atualmente um dos membros do Ensemble Super Moderne e colaborador regular de alguns dos nomes mais relevantes da nova geração do jazz português, como Eduardo Cardinho, Pedro Melo Alves ou João Grilo, entre outros. Em paralelo, José Soares desenvolve um trabalho prolífico de composição em formações lideradas ou colideradas pelo próprio, no âmbito das quais trabalha com um conjunto de músicos portugueses e estrangeiros, nomeadamente a vocalista Fuensanta Mendéz, o trompetista Alistair Payne, o contrabaixista Jort Terwijn e o guitarrista Gonçalo Neto.

Natural de Israel e atualmente a residir em Amesterdão, onde concluiu os seus estudos musicais, Omer Govreen (n. 1994) é um contrabaixista em destaque na cena jazzística israelita e holandesa em virtude de um trabalho diversificado como sideman, integrado em projetos liderados por músicos prestigiados como Aviv Noam, Billy Cobham e Michael Moore, e enquanto líder das suas próprias formações, entre as quais podemos destacar os grupos Garden Crack e Govreen/Sever, este último coliderado pelo pianista Aleksander Sever.

João Lopes Pereira (n. Lisboa, 1994) é um baterista com uma sólida formação musical, tanto no campo da percussão clássica como no jazz, e um músico que, apesar da sua juventude, apresenta um currículo profissional impressivo, tendo já colaborado com vários dos nomes mais reputados do jazz nacional, nomeadamente Filipe Melo, Sara Serpa, Perico Sambeat, Ricardo Roscano ou Mário Laginha, entre outros. Para além da sua atividade colaborativa, João Lopes Pereira desenvolve trabalho com o grupo ¡GOLPE!, coliderado em parceria com o trompetista Gonçalo Marques.

Natural de Braga, José Diogo Martins (n. 1993) frequentou a Escola Superior de Música de Lisboa e o Rytmisk Musikkonservatorium, em Copenhaga, e ao longo da sua trajetória profissional tem colaborado com músicos importantes do jazz português como Demian Cabaud, Marcos Cavaleiro, Mané Fernandes ou Hugo Antunes, entre outros, registando também participações no Omniae Ensemble de Pedro Melo Alves, no grupo Empa de Miguel Rodrigues e no projeto Jazz in the Space Age, enquanto solista convidado da Orquestra Jazz de Matosinhos. Como compositor, escreveu a ópera “THEATRO — um ensaio geral”, em parceria com Pedro Lima e Francisco Fontes.

Várvara Tazelaar é uma artista argentina com uma formação diversificada em fotografia, design, escultura e produção de moda e uma atividade profissional desdobrada por vários campos artísticos, entre os quais a fotografia, realização de vídeos, criações cenográficas e direção de arte.

Fonte: https://em.guimaraes.pt/agenda/geo_evento/soma-projeto-porta-jazz