Considerada uma referência incontornável no panorama da cerâmica nacional do século XX, Manuela Madureira foi uma multifacetada artista plástica que se dedicou também à escultura em materiais como o ferro e a pedra.
Ao longo de mais de 60 anos de carreira, Manuela Madureira realizou considerável obra pública, alguma de dimensões monumentais, visível ainda hoje em locais de prestígio de Lisboa, como no restaurante panorâmico de Monsanto e no Teatro Maria Matos. O domínio técnico dos materiais e, especialmente, dos vidrados em variações da cor azul é outra das características das suas peças.
Agora, a Galeria Objectismo apresenta um extraordinário conjunto de mais de três dezenas de obras, incluindo painéis, esculturas, placas, peças utilitárias e desenhos, maioritariamente das décadas de 1960 e 1970, provenientes do acervo da artista.
Destaque para o painel de azulejos Gato diabólico com que ganhou o Prémio Sebastião de Almeida (dedicado à melhor obra do ano de 1961), a notável escultura As camponesas à espera do bovídeo, de 1960, três grandes vasos e jarras da década de 1960, e Mulher e vinho, um picassiano painel de placas modeladas de 1965.
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