21:30 até às 19:30
Into the House of Bricks

Into the House of Bricks

Sinopse

“Deixa-me entrar porquinho, deixa-me entrar…” - murmurou o Lobo Mau - “Ou eu vou soprar e bufar, e a tua casa vou derrubar!”
Na história original, o Lobo rende-se face à impenetrável Casa de Tijolos. Mas nesta reinterpretação, as paredes que erguem as casas não são o que parecem, e a disputa entre presa e predador revela-se reflexo de uma mente humana em conflito.
Em Into the House of Bricks, um cenário clichê e confortável depressa se transforma num pesadelo surrealista. O público é convidado a olhar nos olhos a sua natureza absurda e feia, contrariando as ilusões em que se refugia.
Em que alicerces assentam as nossas paredes? Haverá um ponto de rotura?
O instinto animal bate à porta. Quem tem medo do Lobo Mau?

1 e 2 de abril - 21h30 * 3 de abril - 19h30
Auditório Camões (Lisboa)
Maiores de 16 anos
Parceiro Institucional do projeto: República Portuguesa - Ministério da Cultura

Bilhetes à venda em: https://www.seetickets.com/pt/tour/into-the-house-of-bricks


Ficha técnica e artística

Encenação: Adriana SáCouto, Duarte Pinto da Mata 
Dramaturgia: Adriana SáCouto, Duarte Moreira, Duarte Pinto da Mata
Assistência de encenação: Duarte Moreira
Coreografia: Lua Carreira 
Assistência ao movimento: Marta Almeida
Interpretação: Adriana Sá Couto, Bruno Antunes, Duarte Pinto da Mata, Lua Carreira, Maria Abrantes, Miguel Quintinhas
Sonoplastia: Pedro Gonçalves, Luís Reis, Duarte Pinto da Mata e The Jeggas
Som: Pedro Gonçalves
Vídeo: João Mora, Vasco Gonçalves
Figurinos: Inês Ariana
Cenografia: Francisca Coutinho
Maquilhagem: Catarina Freitas
Ilustração: Francisca Coutinho
Design: Caroline Torres 
Fotografia: André Faria, Cristiano Luís
Comunicação: Duarte Laranjo
Produção: Inês Pinto

Co-produção: EmFim - Associação do Artista 
Apoio: Escola do Largo
Parceiro Institucional: República Portuguesa - Ministério da Cultura 


Nota de intenções

E se a “pele” social fosse um casaco que posso escolher vestir ou não vestir? Se não fosse quase impossível distingui-la dos reais contornos do meu corpo? Poderia esquecer-me dela em casa, um dia ou outro? Andar livre pelas ruas da civilização, saltar nua numa praça, gritar quando tenho fome, chorar se cortar o pé? O que é que me impede de cantar num autocarro cheio? De convidar um desconhecido para dançar? Normal é todo aquele que vive à margem da sua natureza absurda e animalesca. A respiração sobe e encurta, os pés são separados da terra por solas grossas e saltos altos. Para evitar os efeitos colaterais da espontaneidade, aprisionamos o lobo mau.

Em Into the House of Bricks, os porquinhos são a humanidade reprimida pelas normas da sociedade; o lobo é o instinto animal na iminência de explodir; as casas são a tentativa crassa do Homem conter as suas raízes. Haverá um ponto de rotura para qualquer material, para qualquer indivíduo? Haverá estrutura, empenho ou talento que impeça as paredes de cair?

Emergem as dualidades: civilizado/não civilizado, amor/ódio, carinho/agressão. E tudo o que acontece implica beleza e horror, cabe aos espectadores ver o brilhante ou opaco de cada imagem. No palco, uma viagem muda leva os protagonistas ao grito final de prazer, de dor e de horror. Nesta reinterpretação da história dos três porquinhos, o lobo já não tenta destruir a terceira casinha: manipula a narrativa, infiltra-se na casa, fragiliza a estrutura e desfruta do seu colapso, de dentro para fora. O deus desta ficção desmascara o adequado e destrói-o no fim. 

Into the House of Bricks procura retratar uma mente humana em conflito, à procura da liberdade irracional mas com medo de a conquistar, um pesadelo habilidoso que nunca mais acaba. Para quem vê e para os próprios performers, este espetáculo pretende ser uma experiência desconcertante, sem espaço para subterfúgios, que revele cruamente as contradições da natureza humana. 

O lobo uiva de prazer, os 3 porquinhos festejam.

“O teatro é a manifestação de um fundo de crueldade latente no indivíduo” Antonin Artaud 
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