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Chão

Chão

Branca. Poda. Chão. Tão básico e infantil, inocente e fundamental. Três modos de escrever são, ao mesmo tempo, a coragem de mostrar o mais ínfimo de cada um de nós numa totalidade (que é inédito desafio para todos) e um ousado assumir de uma palavra-chave para que o debate com o público se inicie. O todo é mais poético que as partes.

O João Ferreira toca num nervo. Em termos de evolução civilizacional, assume a branca colectiva que nos tolda o agir e apaga a alma.

O Thierry Ferreira, no diálogo com as árvores no seu atelier (e na sequência de projecto recente comigo), resgata um termo da agricultura para o tornar plasticamente operativo e não apenas metafórico. O pedagógico transmuta-se terapêutico.

João e Thierry convidaram-me, entretanto, a mostrar obra e eu — que sou tão artista como o meu filho de quatro anos — regresso ao ato de expor depois de quatro décadas do outro lado barricada. O quê? O que encontro no meu encontro com a matéria, (n)o chão do tempo.

Movidos pela energia de três palavras, artistas e curador desfiamos, na Ato Abstrato, o diagnóstico irredutivelmente individual de um momento da humanidade, celebrando a cumplicidade e a empatia que, consciente ou inconscientemente move a arte como palco público para o mais íntimo quando tornado comum.

Mário Caeiro

Fonte: https://agendalx.pt/events/event/chao/
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