A exposição de Saskia Moro trata-se duma viagem através da interpretação pessoal da artista do livro Água Viva de Clarice Lispector, constituindo uma homenagem à figura desta escritora universal. A escrita rítmica e quotidiana, além de onírica e labiríntica, desta escritora confere às palavras perceções que se assemelham à obra plástica de Saskia Moro. A palavra converte-se em mancha, pincelada ou traço, que se quebra ou se transforma, mas a sua essência prevalece.
A plasticidade da palavra escrita, usada assiduamente na carreira artística de Saskia Moro, é interpretada como definidora de fronteiras culturais. A língua é utilizada como ponte, entrelaçada nas duas línguas (português e espanhol), colocando o multiculturalismo como um ponto decisivo na sua temática, um elemento cada vez mais importante na nossa sociedade.
Este projeto, portanto, reflete o interesse da artista em expandir as fronteiras e unir essas culturas, tão próximas e distantes ao mesmo tempo.
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