EIFE Escola Informal de Fotografia do Espectáculo
Travessa de Lázaro Leitão , 1, 1ª andar - Lisboa
[ Apelo à participação de público ] Rui Rebelo | “Em processo” Ao longo de dois meses, o compositor e multi-instrumentista Rui Rebelo, partilhará, em sessões públicas, o processo de criação musical do seu novo disco. As referidas sessões terão lugar online, na plataforma ZOOM, entre os dias 5 de Abril e 7 de Junho, todas as segundas-feiras, entre as 19h30 e as 21h. A assistência às referidas sessões é aberta ao público geral, sendo que os interessados em acompanhar uma ou múltiplas sessões de trabalho poderão, de acordo com a sua vontade e possibilidade, auxiliar na angariação de meios financeiros para a gravação do referido disco. O custo de participação do público não tem um valor definido, sendo que se sugere uma contribuição livre, sob a forma de uma única transferência bancária, que reverterá para os inerentes custos de produção. Todos os participantes que desejem contribuir com um valor igual ou superior a 20 euros receberão, até final do corrente ano, o CD resultante deste processo de criação. Para participar bastará o envio de um email para o endereço, com indicação do desejo de participação e da contribuição a efectuar. Após recepção dessa mensagem será enviado a cada um dos participantes um link de acesso à totalidades das sessões a realizar. ::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::: Sobre o projecto | “Muito antes da descoberta do fogo, e da fala, já uma mulher sapiens cantava para adormecer o seu bebé. Foi provavelmente este o berço da música, antes de aparecerem as ferramentas e da expressão musical começar a ser mais organizada e gerar a oralidade. Ora este propósito de utilização da voz, e das suas nuances tímbricas, melódicas e dinâmicas, é o arquétipo da canção. A canção de embalar é a primeira, seguindo-se a de celebração. Com a palavra ela ganha várias formas e com as primeiras civilizações, começa a ter uma função artística e social que se manteve até à industrialização da música, evento que tem vindo a estabelecer novas regras na divulgação e acesso à canção. O que é, nos dias de hoje, a canção de intervenção ou de protesto? No mundo onde tudo é um produto, até a música que está contra o sistema, acaba por ser capitalizada pelo próprio sistema que critica. É uma expressão musical que, no ocidente, ficou resumida aos marginalizados e excluídos, às zonas suburbanas e fundamentalmente às comunidades afro-descendentes que tendem a ter muita musicalidade e a serem discriminadas. O que é preciso dizer que seja transversal à sociedade? O que é que pode ser um discurso novo e actual que não possa ser comprado nem aniquilado pela comunicação social. Será ainda possível? A canção enquanto ferramenta social e humana, enquanto mensagem urgente, enquanto “arma”. Esta procura, no meu trabalho, já é longa mas nunca encontrei uma urgência em nenhuma mensagem, como se a sociedade já não estivesse disponível para a receber ou o mercado não o permitisse. Agora sinto urgência e preciso encontrar como transmitir a mensagem que desejo. Ao longo de 30 anos de carreira, estive em inúmeros projectos com diferentes processos de trabalho e cada vez mais dou importância ao processo. Ele é o caminho até chegarmos à meta e a meta é o próprio caminho que percorremos. O comprometimento comigo e com um público é o impulso que considero certo para fazer um disco de canções. Convido os interessados a assistirem e intervirem neste processo de trabalho durante 10 sessões semanais seguidas, ao longo de dois meses, entre os dias 5 e Abril e 7 de Junho. O feedback do público é imprescindível e a troca de experiências é sempre enriquecedora.” Rui Rebelo :::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::: Sobre Rui Rebelo | Compositor, multi-instrumentista, director, actor e formador. Com influências da música clássica, jazz, étnica, experimental e tradicional portuguesa, trabalha maioritariamente para teatro, dança e audiovisuais. A sua música e os seus espectáculos, resultam do cruzamento e da multiplicidade de linguagens e influências, utilizando todo o som, toda a imagem e todo o movimento, como ferramentas fundamentais na comunicação com o público, sendo a palavra um elemento não central na dimensão performativa e plástica do seu trabalho em palco. Em Teatro, trabalhou em mais de 100 produções, enquanto criativo compositor, encenador, músico e actor. Foi elemento fundador da Companhia do Chapitô e do Teatro dos Aloés. Colabora regularmente com os Artistas Unidos e com o Teatro Meridional. Tem-se especializado numa linguagem performativa de compreensão universal, utilizando uma fusão de linguagens cénicas, que transponham as barreiras da linguagem verbal, privilegiando o som e a imagem como veículos prioritários na comunicação com o público. Com mais de uma centena de actuações em palcos internacionais, tem feito da internacionalização um dos principais meios de divulgação dos seus espectáculos, tendo actuado e dado formação em mais de 20 países espalhados pelo mundo. https://ruirebelo.bandcamp.com/
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