21:30 até às 23:00
Seis Meses Depois: 25 Anos da Companhia Olga Roriz

Seis Meses Depois: 25 Anos da Companhia Olga Roriz

Caminhamos de intemporalidade em intemporalidade, num espaço celestial entre telas de cinema. A resiliência dos corpos de mãos dadas recupera os lugares ao longe, num presente que se escapa por entre os pés. Seis meses depois uma entropia paira em todas as partículas. Tudo congelado! Já morremos, ou iremos morrer. Seremos breves como o primeiro sopro que engolimos à nascença. Levitamos ou confundimo-nos com as raízes de florestas densas. Não importa onde estamos, se no ar ou no mar, as moléculas continuam perdidas. Queremos dizer o gesto entre cores fortes, clarões e escuridão. Queremos rasgar as paredes que nos separam e projetar-nos num campo de papoilas a perder de vista, sem dimensão, imensurável, como naquele sonho onde nenhum de nós quis acordar. Podemos criar o apocalipse, fazer de Autópsia o único lugar habitável do planeta e em 1, 2, 3 quantos, avistar a onda gigante subir à grua mais alta e ficar ali para sempre no isolamento da memória. Adeus sistema solar.
Em 37 horas, 4 minutos e 12 segundos a Terra irá colidir com Júpiter. E lá se vai o microcosmos e o macrocosmos, o átomo, a molécula, os protões e os neutrões. Lá se vai a física quântica a epigenética e mais os rebuçados do Dr. Bayar. Lá se vão os genes homeóticos, a medicina ortomolecular e as radiações eletromagnéticas.
Não haverá Chakra que nos valha nem coerência que nos salve. Não haverá chave genética que nos abra mais porta nenhuma. Adeus humanidade.
Olga Roriz | 23 Nov. 2019

Após em “Autópsia” termos refletido sobre o impacto negativo que o ser humano tem vindo a causar ao planeta, “Seis meses depois” parte para uma reflexão sobre a humanidade que perdura em cada um de nós, apesar de a sociedade nos consumir, formatar e massificar. Num futuro próximo, algo humanos, semi-deuses ou heróis, imaginamos a nossa existência em sete personagens ao acaso. Zhora Fuji, Naoki 21, Dawnswir, Gael Bera Falin, Kepler 354, Priscilla Noir e Human Cat habitam a cidade de Tannhauser, o ano é 2307 no planeta Terra 3.
Olga Roriz |10 Dez. 2019

Ficha artística e técnica
Direção: Olga Roriz
Intérpretes: André de Campos, Beatriz Dias, Bruno Alves, Bruno Alexandre, Francisco Rolo, Marta Lobato Faria e Yonel Serrano
Seleção musical: Olga Roriz e João Rapozo 
Conceção da banda sonora: João Rapozo
Cenografia e figurinos: Olga Roriz e Ana Vaz
Desenho de luz: Cristina Piedade
Conceção vídeo: Olga Roriz e João Rapozo
Captação e Pós-produção vídeo: João Rapozo 
Apoio à criação: Catarina Câmara
Assistência de cenografia: Daniela Cardante 
Assistentes de ensaios: Ana de Oliveira e Silva e Andreia Alpuim 
Montagem e operação de luz e vídeo: João Chicó | Contrapeso
Montagem e operação de som: Pontozurca
Apoios 25 anos Companhia Olga Roriz
SPA – Sociedade Portuguesa de Autores
RTP – Rádio Televisão Portuguesa
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