Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão
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Continuando com os Krahô, depois de Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos, o filme traz um dos temas mais urgentes da atualidade: a luta dos Krahô pela terra e as diferentes formas de resistência implementadas pela comunidade da aldeia Pedra Branca, situada na região Tocantins no Brasil. O filme inicia-se em 1940, onde duas crianças do povo indígena Krahô encontram na escuridão da floresta um boi perigosamente perto da sua aldeia. Era o prenúncio de um violento massacre, perpetuado pelos fazendeiros da região. Em 1969, durante a Ditadura Militar, o Estado Brasileiro incita muitos dos sobreviventes a integrarem uma unidade militar. Hoje, diante de velhas e novas ameaças, os Krahô seguem caminhando sobre a sua terra sangrada, reinventando diariamente as infinitas formas de resistência. A Flor do Buriti foi filmado durante quinze meses, em película 16mm, dentro da Terra Indígena Kraholândia. Assim como em Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos, a equipa era muito reduzida e era dividida entre indígenas e não indígenas. Relatos históricos baseados em conversas e a realidade atual da comunidade serviram de base para a construção da narrativa do filme. A Flor do Buruti estreou no Festival de Cannes onde foi galardoado com o Prémio de Melhor Elenco.
Título Original: A Flor do Buruti (Portugal/Brasil, 2023, 120 min)
Realização: João Salaviza, Renée Nader Messora
Classificação: M/12
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