18:00 até às 20:00
As esquerdas radicais ibéricas | Apresentação de livro

As esquerdas radicais ibéricas | Apresentação de livro

Apresentação do livro «As esquerdas radicais ibéricas entre a ditadura e a democracia - Percursos cruzados», com a presença dos organizadores Ana Sofia Ferreira e João Madeira. 

SINOPSE

**Esquerdas radicais ibéricas, processo revolucionário e transição democrática – ruptura e consenso. Perspectivas comparadas**

	Em 22 e 23 de Novembro de 2018 realizou-se em Lisboa, no Museu do Aljube, o colóquio internacional Esquerdas radicais ibéricas, processo revolucionário e transição democrática – ruptura e consenso. Perspectivas comparadas, que juntou 25 historiadores portugueses, espanhóis, húngaros e russos, que pretenderam analisar a importância dos grupos de esquerda radical no processo revolucionário português e na transição espanhola.

	O mosaico partidário ou proto-partidário existente na década de 70 do século XX em Portugal e em Espanha quando findaram as ditaduras não pode excluir a constelação de pequenas organizações que se situavam à esquerda dos partidos comunistas tradicionais, oriundas, na sua maioria, de processos de diferenciação ocorridos no seu seio, cujas raízes mais recentes bebem num caldo político-cultural onde se entrecruzavam e antagonizavam influências da revolução cubana e da revolução cultural chinesa, reacções ao XX Congresso do PCUS e à invasão militar soviética na Checoslováquia, ou das múltiplas formas de pensamento e acção que Maio de 68 libertou.

	Grupusculares na maioria dos casos, profundamente sectárias e dogmáticas, com níveis de implantação diferenciada, mas sobretudo escassas no mundo do trabalho, a sua acção sobretudo de agitação e propaganda, fez um caminho sinuoso marcado por um sistemático acentuar de princípios e de divergências, de pequenas e grandes cisões. Porém, congregaram inteligências e vontades de uma geração, nascida do segundo pós-guerra, sob os ventos da guerra fria e do desenvolvimento do capitalismo e da sociedade de consumo. Pelo seu voluntarismo, espírito de entrega e activismo desassombrado, marcaram impressivamente  os últimos anos sessenta.

	Maoístas e trotskistas, luxemburguistas e internacional situacionistas, autogestionários e neo-estalinistas, gramscianos e libertários, a queda das ditaduras ibéricas proporcionou-lhes processos de reconfiguração e de crescimento na especificidade dos processos que se seguiram, cujo estudo comparativo ajudará a clarificar não só os espaços de interacção e solidariedade, como de convergência ou abjunção de posicionamentos, actuações e desenvolvimentos no espaço peninsular.

	Um preconceito ideológico e uma espécie de normatividade tácita tem desvalorizado historiograficamente o papel desempenhado pelas esquerdas radicais nesses processos, cujo reequilíbrio este livro pretende ser um contributo para o seu estabelecimento.
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