11:00 até às 17:30
Colóquio Studiolo XXI

Colóquio Studiolo XXI

Colóquio Studiolo XXI
Centro de Arte e Cultura
Sala do Tribunal

Programa

11H00 - 13h00
Abertura
Conferência
Rosana Paulino: tessitura da memória
Cristina Susigan

Mesa-Redonda 1: Diálogos com o lugar
Albuquerque Mendes
Cristina Ataíde
Sebastião Resende
Sofia Pidwell

12H30 Q&A

13H00 14H00  almoço

14H30
Mesa Redonda 2: Processos do desenho
Samuel Rama
Jorge Abade
Rui Horta Pereira

Conferência
Marginália updated: anotações nas fronteiras do desenho
Fátima Lambert

17H00 Q&A
17h30 Encerramento dos trabalhos


Detalhes

CRISTINA SUSIGAN
Rosana Paulino: tessitura da memória

Resumo:
Num país que é fundado através da violência, por desigualdades, com a predominância de um olhar estrangeiro e onde a minoria branca continua detentora do poder hegemônico, vamos encontrar uma má distribuição de corpos neste espaço, cujas representações não são neutras, mas prepondera o olhar de quem as produz, do que quer ser representado, de quem detém o poder. Traçando uma realidade que perpetua a violência colonial, que vigora até nossos dias, com a naturalização de certas práticas, Rosana Paulino (1967-) em suas práticas artísticas vai trazer para o debate, em imagens potentes e sensíveis, o apagamento e silenciamento da mulher negra na sociedade brasileira e de seus corpos. Na série Assentamentos (2013), usa como fonte as fotografias de Auguste Stahl (1828-1877) que com intuito científico e baseado nas teorias de poligenia de Louis Agassiz (1807-1873) – principal defensor do racismo científico e do criacionismo no século XIX -, vai ressignificar a imagem subvertendo seu propósito original, recolocando humanidade nas fotografias que Stahl retirou no seu registro. Ao analisarmos estas obras tentaremos fazer o resgate da memória e de um “vazio” – muito latente na obra de Paulino.

CRISTINA SUSIGAN
Cristina Susigan é doutora em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, com tese relacionada com a arte contemporânea e as mulheres. Professora na Faculdade Santa Marcelina. Exerceu a docência no ensino superior no Instituto Politécnico do Porto, Portugal, na área dos estudos visuais. Em suas pesquisas, dedica-se à apropriação nas artes, história, teoria e crítica de arte e relação interartes. Pesquisadora do Grupo de Pesquisas de Mediação Cultural, a RedInav e do CEEA da ESAP, Porto

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FÁTIMA LAMBERT

Marginália updated: anotações nas fronteiras do desenho

Resumo:
A exposição Studiolo XXI: desenho e afinidade será analisada a partir da ideia refletida por alguns visitantes que a apelidam de “pequena enciclopédia de desenho”. Por um lado, aborda-se a atividade identitária que o Studiolo propiciou (em termos históricos) e como persiste agora, transposta no formato dos nossos ambientes de trabalho ou na imaterialidade do nosso pensamento visual e pela memória partilhada. O desenho não se contenta apenas com a folha de papel, depois de ter vivido e persistir mesmo em suportes matriciais: a terra, as pedras, a casca das árvores, as peles tratadas de animais. Quis mais, guloso de experiências atirou-se aos materiais mais inusitados atualizando-se na cronologia societária e desafiando-a; testou dispositivos, suportes e utensílios técnicos e tecnológicos específicos. Procurou a imaterialidade, afirmando ideias e compromissos. Tornou-se por vezes quase inacessível de tão subtil que se dá a ver…Estabeleceu-se na diversidade in-ex-pectante. As formas mais díspares extrapolaram limites mais convencionais, tendo-se concentrado na sua densidade ou fluidez criativa: pensam-se polimorfias e sedimentações; acedem a campos heteróclitos e podem residir na transitoriedade que se demora, tendo os visitantes das exposições como observadores-testemunhas…

FÁTIMA LAMBERT
Doutorada em Filosofia Moderna e Contemporânea – Estética (1998), Faculdade de Filosofia de Braga/ Universidade Católica Portuguesa: “Fundamentos Filosóficos da Estética em Almada Negreiros”. Bolseira FCT no projeto “Writing and Seeing” - 2000 e 2004.
Professora Coordenadora em Estética e Educação - Escola Superior de Educação / Politécnico do Porto. Coordenadora do Mestrado Património, Artes e Turismo Cultural e da licenciatura Gestão do Património.
Membro Integrado do InED (Centro de Investigação e Inovação em Educação, ES/PP), onde coordena vários projetos e de que foi diretora entre 2014 e 2017; Comissão Científica IHA, FCSH/UNL e das Revistas: MIDAS (PT), Visuais – UNICAMP – Campinas (BR), Asparkía – Universitat Jaume I, Castellón (ES), EARI - Universitat Valencia (ES), Pós-Limiar – PUC/Campinas (BR), entre outras. Conferencista e autora de vários livros publicados.
Membro da AICA (Portugal). Curadora Independente desde 1994, destacando-se os projetos expositivos desenvolvidos no eixo Portugal-Brasil-Espanha, também em contexto de residências artísticas e programações específicas. Programadora da Quase Galeria/Espaço T (Porto) e do Ciclo Ações estéticas quase instantâneas – arte contemporânea no Museu – Museu Nacional Soares dos Reis desde 2009.

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ALBUQUERQUE MENDES

Albuquerque Mendes nasceu em Trancoso, em 1953. Vive e trabalha em Leça da Palmeira.
Frequentou o Circulo de Artes Plásticas de Coimbra (CAPC), entre 1970 e 1975, e aí realizou a sua primeira exposição individual, em 1971. Pertenceu ao Grupo Puzzle desde a sua criação, em 1976, até à sua última exposição, em 1980. Foi um dos fundadores da Associação de Arte Espaço Lusitano, um dos mais dinâmicos lugares de revelação da jovem arte portuguesa em meados da década de 80. Em 1974 fez a sua primeira performance/ritual.
Ganhou visibilidade internacional através das suas performances, tendo participado em alguns dos mais importantes festivais do género, em França, no Centro Georges Pompidou em Paris e no Simpósio de Lyon, assim como noutros países: Alemanha, Espanha, Holanda e Brasil. Prática que tem continuado até aos dias de hoje. Participou na exposição colectiva Alternativa Zero, Galeria Nacional de Arte Moderna de Belém, Lisboa em 1977;Tríptico, Europália 91, Museum van Hedendaagse Kunst, Ghent em 1991; 2ª Biennale International de Casablanca em 2014.
Das exposições individuais, seleccionam-se: Confesso, Museu de Arte Contemporânea de Serralves, Porto em 2001; Natureza e Crueldade, Museu de Arte Contemporânea de Niterói, Brasil em 2005; Caminho de Santo (com Nelson Leiner), Instituto Valenciano de Arte Moderna, Valência em 2009; La Creazione, Igreja de Santo António dos Portugueses, Roma em 2010; Rosebud, Quarto22, Colégio das Artes, Coimbra em 2016; Jugglers - Problemas e Insolvência, Galeria Graça Brandão, Lisboa em 2017; Na inquietude do desejo, Museu Nacional Soares dos Reis, Porto em 2018.

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CRISTINA ATAÍDE

Nasceu em Viseu,1951. Vive e trabalha em Lisboa. Licenciada em Escultura pela ESBAL, Lisboa. Frequentou o Curso de Design de Equipamento da ESBAL, Lisboa.
Foi diretora de produção de Escultura e Design da Madein, Alenquer de 1987 a 1996 onde trabalhou com vários artistas nacionais e internacionais como Anish Kapoor e Michelangelo Pistolleto.
A sua obra, feita muitas vezes em viagem, transita entre a escultura e o desenho passando pela fotografia e vídeo. As preocupações com natureza e sua preservação é uma das constantes do seu trabalho e pesquisa.

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JORGE ABADE

Vive e trabalha no Porto.
Licenciado em Pintura pela Faculdade de Belas Artes Porto – 2001.
Obteve o grau de Doutor em Ciência e Tecnologia das Artes (Estudos Artísticos, sobre Processos de Criação em Pintura), na Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa – 2016.
Professor Assistente de Desenho no curso de Som e Imagem da Universidade Católica (Porto) de 2001 a 2015.
Professor Assistente Convidado de Desenho na Faculdade de Arquitectura do Porto – 2018.

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RUI HORTA PEREIRA 
(Évora-1975)

Formado em Escultura pela FBAUL/Lisboa, uma parte substancial da sua investigação artística e criativa tem sido dedicada ao desenho. Tem realizado mostras individuais com regularidade e participado em mostras colectivas. Nos últimos anos, obteve apoios à criação de algumas entidades, como a Fundação Calouste Gulbenkian (FCG) e a DGArtes. Das suas exposições individuais destacam-se, as mais recentes Solaris, Casa das Artes, Tavira (2018) e Eco, Fundação Bienal de Arte de Cerveira, Concurso Novos Artistas 2018. 
Está presente em diversas colecções públicas e particulares, como a Colecção Biblioteca de Arte FCG, Fundação Carmona e Costa, Colecção Regina Pinho, Brasil, Colección Art Fairs SL, Espanha.

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SAMUEL RAMA

Licenciado em Artes Plásticas, na Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha, onde é docente desde 2003. Doutorado em Artes Visuais e Intermédia pela Universidade Politécnica de Valência. Artista e professor, a sua atividade incide na pesquisa da intrincada e complexa relação entre os meios da escultura, desenho e fotografia com as noções de paisagem. De entre as suas exposições individuais destacam-se: Habitar a Penumbra (2005), Módulo - Centro Difusor de Arte, Oporto; MAGMA (2008), Galeria 111 - Lisbon e Oporto, SCANNING (2010) Arquivo Fotográfico de Lisboa, Lisbon; MEGAPARSECS (2012) Teatro da Politécnica, Lisbon. Das suas exposições coletivas destacam-se: 7 Artistas ao 10.º mês (2005), Fundação Calouste Gulbenkian, Lisbon; London Pilot 2, London e Da Outra Margen do Atlântico - Alguns Exemplos do Vídeo e da Fotografia Portuguesa (2005), Centro de arte Hélio Oiticica, Rio de Janeiro, Brasil. Finalista nos prémios: IV International Expanded Painting Prize (2007), Museo de Bellas Artes de Castellón, Espanha e na X Mostra Internacional UNION FENOSA (2008), Museo de Arte Contemporâneo União Fenosa, Coruña, Espanha. Está representado nas coleções de Bartolomeu Cid dos Santos, BES art, MAR (Museu de Arte do RIO, Rio de Janeiro, Brasil), Américo Marques dos Santos, MAAT, Manuel de Brito, PLMJ etc…

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SEBASTIÃO RESENDE

SR tem estado activo em diversos media desde 76, nomeadamente em escultura, fotografia, desenho, pintura e edição serigráfica, tendo recebido alguns prémios em contexto nacional e internacional, o mais recente o PrémioAmadeo de Souza- Cardoso. Realizou 27 exposições individuais de que se mencionam as mais recentes: 2018 – “Sobre a Terra Fendida Uma Chama”, Museu da Guarda. 2017 – “Neste Ninho de Vespas”, Sismógrafo, Porto. 2014 – “Fecit Potentiam”, Sismógrafo, Porto. 2012 -  “Sem Retorno”, Museu da Luz, Mourão. 2010 – “The LyingChair”, Galeria Quadrado Azul, Lisboa. 2009 – “Naufrágio Pluma”, Galeria Quadrado Azul, Porto. 2007 – “Tem nos Olhos o Tempo Simultâneo”, O Espaço do Tempo, Montemor-o-Novo. 2003 – “Sem Título Tranquilo III” Galeria Quadrado Azul, Porto.

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SOFIA PIDWELL
Santiago do Cacém, Portugal, 1971

Licenciou-se em publicidade e, desde 2004, após formação em desenho e pintura dedica-se às artes plásticas.
O seu trabalho centra-se numa pesquisa em torno da natureza do ser humano, dos contornos socioculturais que o envolvem e do seu processo. Utiliza vários suportes desde o desenho, à pintura, performance e instalação.
Exposições individuas recentes a destacar: The Voices & the Echoes, Fundação Portuguesa das Comunicações, Lisboa (2018); No Waiting Time, Galeria Alecrim 50, Lisboa (2018); Reflexos de uma paisagem em transparência, Museu Soares dos Reis, Porto (2017); SeeSaw, Casa Museu Medeiros e Almeida, Lisboa (2106)
Exposições coletivas recentes a destacar: A pele e a espessura do desenho, SESC Ipiranga, São Paulo Brasil (2016), Fundação Portuguesa das Comunicações, Lisboa (2015), O sexto painel, GAU ( Galeria de Arte Urbana) Elevador da gloria, Lisboa (2014); Re-move, Museu Arpad Szenes- Vieira da Silva (2014), Lisboa.
Residências artísticas: Paulo Reis, atelier Fidalga, São Paulo Brasil (2016)
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