18:00 até às 23:00
Exposição 'Histórias Passadas no Presente' de SEYKO

Exposição "Histórias Passadas no Presente" de SEYKO

“O meu passado é tudo quanto não consegui ser. Nem as sensações de momentos idos me são saudosas: o que se sente exige o momento; passado este, há um virar de página e a história continua, mas não o texto” (Fernando Pessoa)
Em “Histórias Passadas no Presente”, Seyko (n. Porto, 1987) procura explorar a dicotomia da palavra “passado”, interessa-lhe não só explorar o conjunto de factos ocorridos antes do momento presente, Palácio Quintela, como também as histórias que se estão a passar no presente, Palácio Chiado. Como se de um palimpsesto se tratasse, Seyko recupera as histórias e vivências deste passado escondido na memória da arquitetura e decoração deste edifício oitocentista, redesenhando-a e repintando-a numa linguagem contemporânea próxima do hiper-realismo e da street art. 
O artista focou-se em três das figuras mais emblemáticas da história deste edifício: Joaquim Pedro de Quintela, filho (1.º Conde de Farrobo e 2.º Barão de Quintela), ao qual se deve a famosa expressão “forrobodó” pela exuberância das festas que dava na sua residência; o General Junot que deu origem à expressão “À grande e à francesa” e que durante os nove meses da invasão francesa, estabelece o quartel-general e a sua residência oficial no Palácio Quintela e, por fim, Augusto Carvalho Monteiro, conhecido como “Monteiro dos Milhões”, figura culta e excêntrica, afincado colecionador de Arte (pintura, escultura, iconografia, ourivesaria, relojoaria, etc.), Livros e de História Natural (entomologia, malacologia, ornitologia, herbário, etc.). Pertencia-lhe a segunda mais extensa coleção de borboletas e mariposas do mundo. A coleção malacológica também não lhe ficava atrás, contemplando cerca de 10.000 espécies. O herbário e a coleção de colibris também eram bastante expressivos.
A exposição encontra-se dividida em três núcleos. No piso 0 vários vídeos em time-lapse vão mostrando o making-of de todos os trabalhos expostos. Nas escadarias, o artista apresenta três obras de grande dimensão, realizados em panpastel preto e acrílico em lata de spray sobre tela, que representam Joaquim Pedro Quintela, General Junot e uma tela, pintada ao vivo nos primeiros 5 dias da exposição, habitada por várias personagens e pelo emblemático leão dourado do Palácio. No piso 1, a montra da icónica Sala das Sabinas, é dedicada a António Carvalho Monteiro e às suas coleções mais representativas, mas em desenhos de dimensões mais contidas.
Nesta mostra, é possível percorrer uma espécie de passado contínuo do Palácio Chiado, através da linguagem muito própria de Seyko, apercebendo-nos que como diz Pessoa, “há um virar de página e a história continua, mas não o texto”.
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