Na antiga Grécia, designava-se por ‘isegoria’ um dos princípios básicos do regime democrático, que pode traduzir-se por ‘liberdade de expressão’ ou ‘liberdade no uso da palavra’ e que constitui, pre-cisamente, um dos pilares essenciais das democracias modernas. Ter liberdade para falar e capacidade jurídica para usar a palavra (só muito mais tarde reconhecida às mulheres) é assim indissociá-vel de uma vida equilibrada, daquilo que torna o ser humano em ‘animal político’, no sentido de realizar-se em pleno através da vida em comunidade ou ‘pólis’. Aquela expressão da dimensão social da existência, usada por Aristóteles na obra Política, junta-se a um outro conceito, igualmente famoso, que ele definiria na Poética e corresponde à noção de catarse, ou seja, de ‘purificação’, em parti-cular a que se consegue pela arte (sobretudo pela tragédia), através da forma como estimula os sentimentos de ‘terror e piedade’ e assim procede à catarse das emoções. É objetivo desta tertúlia revisitar esses conceitos e discutir a forma como se fertilizam mutuamente enquanto expressão de liberdade, de busca de identidade, de es-forço de conhecimento e de autognose.Delfim Ferreira Leão, Vice Reitor da Cultura e Ciência Aberta da UC – Maria de Fátima Silva, Prof. Catedrática da FLUC – José Luís Pio de Abreu, Psiquiatra e Professor Emérito da FMUC – Letícia Mouro, CITAC
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