21:30 até às 23:30
Filho da Mãe + Stonehag (Bandas à Quinta)

Filho da Mãe + Stonehag (Bandas à Quinta)

2€ - 5€
FILHO DA MÃE
https://filhodamae.bandcamp.com/

STONEHAG
https://stonehag.bandcamp.com/

28 de Fevereiro de 2019
21h30
Casa da Cultura de Beja
Entrada: 5 euros (2 euros para associados Zarcos com quotas em dia)


- Sobre FILHO DA MÃE e o disco "Água-Má":

Nos discos de Filho da Mãe (Rui Carvalho) encontram-se histórias seguras e bem-definidas com realizações claras dos caminhos que resolve percorrer. O modo como afirma a sua guitarra e a linguagem que pratica nasce, contudo, de uma estranheza com os locais onde decide gravar. Foi assim desde o começo, com Palácio, disco gravado em casa do seu amigo, e companheiro de armas nos If Lucy Fell, Makoto Yagyu, depois em Cabeça, entre Montemor-O-Novo e o Gerês, ou quando foi para Amares resolver as ideias para Mergulho no Mosteiro de Santo André de Rendufe. Água-Má segue a tradição, num movimento entre Portugal Continental (Lisboa, no estúdio HAUS) e as ilhas madeirenses, onde esteve durante uma semana em residência no primeiro trimestre de 2018.

Água-Má é sinónimo de alforreca e os tentáculos do ser marinho talvez sirvam de analogia para o dedilhar na guitarra de Filho da Mãe, ou a transparência da criatura como uma referência aos jeitos límpidos e lúcidos das composições que aqui apresenta. É um álbum que começa na Praia, uma vertiginosa corrida de alguém que foge com todas as certezas, e termina em Casa, onde larga a guitarra e deixa Água-Má repousar num registo de tranquilidade em modo field recordings, ficando a sensação de caminho percorrido e dever cumprido.

A distância entre essa Praia e a Casa é o fulgor de Água-Má. Filho da Mãe ficciona lugares e situações narrados por alguém que sabe impor o seu próprio tempo e história. Depois de uma corrida para Praia, cai bem a calma, segurança e brandura de um Não Me Voltes Atrás; as incertezas de Não, Não Danço seguram a galopada de Nem Chuva, Nem Cães. E em cada canção ouve-se a respiração de Rui Carvalho, uma marcação do tempo e da proximidade com que quer que oiçamos as suas canções. É uma partilha do seu espaço íntimo com o do ouvinte, um refrão constante que acompanha as melodias da guitarra e se funde com os sons em redor, ouvidos em alguns temas, e que humanizam a estética singular de Filho da Mãe. Os locais onde Rui Carvalho grava constroem a história dos seus álbuns e os locais só ficam mais ricos por ouvirem as aventuras que neles viveu com a sua guitarra.

André Santos


- Sobre STONEHAG:

‘Da inquietude da alma nasce a procura da liberdade. Do fino gume que separa o ódio do amor, a insanidade espectral no seu estado mais puro no meio da destruição a que o mundano e corpóreo nos infligem.’

Stonehag, criado no Inverno de 2014, projecto a solo de Gonçalo Raposo (ex-Dead Southern Tree; ex-October Station) que se propõe a explorar as sonoridades mais obscuras e depressivas do rock alternativo num formato simples e intimista. Sendo apresentado ao vivo através de guitarra eléctrica e voz. Da sua discografia fazem parte dois álbuns de originais, “Emotional Occultism” lançado no verão de 2015 e “Wraiths” editado em 2017.
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